UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Não da Para Fazer cara de Paisagem : Negros e Negras bem Sucedidos Precisam falar das questões raciais...

NEGROS SÃO SÓ 18% EM CARGOS DE DESTAQUE NO BRASIL
De acordo com pesquisa realizada e divulgada recentemente pelo jornal Folha de São

Paulo, apenas 18% dos negros no Brasil ocupam cargos de destaque. Cerca de mil e duzentos profissionais foram entrevistados em diversos setores, como: política, universidade, artes, dentre outros. Aproximadamente 60% da população brasileira é negra, no entanto, a elite econômica do país ainda é majoritariamente branca, fato que pode ser evidenciado com o levantamento feito pela Folha.

No segundo país com a maior população negra do mundo a seguir à Nigéria, ser negro é pertencer a uma maioria de 51% da população de 200 milhões. Mas o último Censos, de 2010, mostrava que apenas 26% dos universitários eram negros; e apenas 2,66% dos alunos que terminaram o curso de Medicina eram negros, num estudo feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais para o canal UOL. Estes números explicam-se, em parte, com a despesa da educação no Brasil: quem estuda em escolas privadas até ao fim do secundário tem mais hipóteses de entrar nas universidades públicas, as melhores

Negros bem sucedidos foram todos aqueles que lutam, alguns chegando a dar a própria vida, em nome da liberdade, da democracia e do respeito às diferenças. 

"Dos povos indígenas à Zumbi dos Palmares; dos negros (as) escravo (as) a Joaquim Nabuco, de Chica da Silva aos poetas Cruz e Souza, Lima Barreto; de Castro Alves à Jorge Amado; do Mestre Aleijadinho ao Geógrafo Milton Santos; de Chiquinha Gonzaga aos guerrilheiros e guerrilheiras do Araguaia. - Quer Vossa Senhoria me explicar como esses negros puderam subir tão alto, numa sociedade escravocrata e pois escravização com o racismo escancarado, enquanto seus netos e bisnetos, desfrutando das liberdades republicanas..."

Tornar possível um Brasil sem preto, convenhamos, pressupõe o extremo domínio de técnicas sofisticadas de exclusão, mas pressupõe também outras disposições e aptidões especialíssimas. No relato feito por Diegues, como vimos, não há nenhuma sofisticação. De

regra, há, no entanto, meios mais refinados de fazer prevalecer velhas hierarquias.


Negr@s brasileiros bem sucedidos:
Em certos aspectos, o Brasil não mudou nada no último meio século Falta de consciência? Alienação? Deslumbramento? Compensação? Alpinismo social? A resposta a esse fenômeno é, provavelmente, uma mistura de todos estes fatores.

Não e um debate se você deve namorar só negro ou não mais vamos lá, analisando a escala da sociedade: onde você se encontra? Os homens brancos estão em primeiro, no mais alto pico, em seguida podemos dizer que as mulheres brancas e depois o homem negro e por último, sim por último, a mulher negra. E eu falo isso abrangendo "n" quesitos como dinheiro, sexualidade, posição social, status, moradia, escolaridade, etc....

Reproduz racismo diariamente, tendo empregada doméstica, que geralmente são negras (o que é um problema bem maior do que só racismo), a suspeita que vocês tem ao ver um pessoa negra na rua, pessoa não negra e de cabelo liso que criticam o crespo das irmãs, é aquela coisa: acho lindo, mas eu não teria, objetificar o negro e em especial a mulher só pra transar, dar uns pegas e o resto ela não serve, e por ai vai, são tantas coisas que vocês brancos fazem e nem percebem, acham que racismo e preconceito é quando é tudo na caruda, mas os que são velado, mascarados são os piores e esses machucam bem mais!


- Amor interracial existe sim, mas é preciso cuidado ao analisar o assunto do ponto de vista sociológico, há uma questão histórica e política envolvida, que não deve ser encarada de forma "romântica", "pessoal" e simplista em uma discussão séria.
A história da miscigenação brasileira é antes de mais nada uma história de bastardia e abuso..., se a coisa mudou nos últimos anos, não mudou tanto, segundo o IBGE cerca de 80% dos chefes de família "brancos" casam com pessoas "brancas" (estamos falando aqui de "brancos sociais", esqueçam a questão dos 86% de brasileiros afro-descendentes do ponto de vista genético), o que quer dizer por dedução que o número de miscigenados não cresce na mesma proporção da integração social igualitária entre brancos e negros, isto é, a história continua... homens brancos se "divertem com" e "fazem filhos" nas negras mas casam com as brancas...

Na terras do Tio Sam ...
Nos Estados Unidos, os negros sempre estiveram de certa forma segregados, portanto desenvolveram consciência de que a endogamia era a forma de manter dignidade nos relacionamentos, no Brasil o mito da democracia racial brasileira e a apologia à miscigenação (além da maior vulnerabilidade social da mulher negra), fizeram o nível de consciência das mulheres negras permanecer baixo..., muitas acham que só terão mobilidade social se relacionando com brancos, "sabotando" sistematicamente assim, as relações endogâmicas com homens negros..., mantendo de maneira geral o círculo vicioso vigente desde a colônia (homens brancos se "divertem com" e "fazem filhos" nas negras mas casam com as brancas).

O fenômeno homens negros x mulheres brancas, é relativamente recente e diferenciado, enquanto a maioria dos homens brancos que se relacionam com negras o fazem "por
diversão", a maioria das mulheres brancas que se relacionam com negros, se possível leva a coisa até as últimas consequências (constituindo família estabilizada)
 

A "Essência humana" e como Formas de infra-humanização

A infra-humanização Resulta da negação um Membros de Outros grupos ("ex -grupos") de determinadas Características Humanas Tipicamente, Características Que compõem a "Essência humana". Mas que Características definem a "Essência humana"? Vários Estudos TEM apontado Como Tipicamente Características Humanas São OS Valores (Schwartz & Struch, 1989); uma cultura (Moscovici e Pérez, 1999); a linguagem, a Inteligência ea CAPACIDADE de expressar Sentimentos (Leyens & cols., 2000). Daniel Bar-Tal (1989) foi hum Dos Pioneiros nd Análise da infra-humanização dos grupos minoritários, Ao analisar o Modo Como Judeus ERAM percebidos cabelo regime nazista e AFIRMAR that uma infra-humanização PODE ocorrer atraves da"deslegitimação" da categoria UO grupo social, com a atribuição de Características Extremamente negativas:pensam diferente mesmo hoje ,...

Negr@s bem sucedidos e outras historias...

"Para começar ele ainda e negro mesmo bem sucedido. - É uma bênção para as negr@s brasileir@s que seu orgulho nunca tenha estado na dependência de estímulos da maioria das celebridades negr@s
.

Quanto mudou o cenário nestes cinquenta anos fica transparente que pouquíssima coisa mudou.
Os traços de personalidade que se gabou dos ternos de marca estrangeira que estão em seu guarda-roupa. Não é uma coisa pequena senão por ser grande na definição de grande

talento e alienação de caráter.

A partir desse tipo de coisa, você pode montar os dados básicos do perfil da pessoa. Ou alguém imagina, para ficar num personagem dos nossos dias que não vale divulgação em nosso blog ...

Voltando - A África do Sul. Nos anos 80, os coloridos anúncios de agências de turismo convidavam para uma visita ao país do apartheid. Mas não se falava de apartheid, claro. Os negros desapareciam dos anúncios, que se dividiam em imagens de grandes mamíferos e pessoas brancas em ambientes suntuosos. Quem é capaz de apreender a dimensão grandiosa da realidade subtraída pela ideologia do racismo?
Brasil estavam e estão submetidos ao mesmo principio de negação da realidade. Trata-se de uma recusa sistemática a validar a experiência social dos negros. Afastam-na com desprezo e são muitos os truques de edição a que recorrem para, igual ao que ocorria no apartheid, conseguir descartar a presença da maioria e toda a imensa riqueza e diversidade de seu mundo humano.

Não é fácil visto que a maioria, pense ainda assim.
Selecionar conteúdos e imagens, personagens e figurantes, tramas, memórias, conflitos; soterrar acontecimentos históricos e quotidianos. Sacrifícios gigantescos. Pessoas que nunca chegarão a formular nada, nem interpretar, nem dirigir, nem cantar, nem dançar, nem ensinar nem aprender, nem amar, nem odiar, nem criticar, nem tomar emprestado nem emprestar, nem fazer política, nem viajar, nem comprar, nem vender, nem ser preso sem culpa, que não serão torturadas, nem assassinadas. Trata-se de conceber as pessoas negras de um modo absolutamente distinto de como as pessoas brancas são concebidas.

Ainda assim, negros não são enxergados (como reflexo, não são mostrados) como público consumidor pela indústria automotiva nacional. Longe de qualquer viés social, usando apenas a lógica capitalista, ignorar qualquer fatia de potencial público consumidor pode

levar a perdas gigantes e até a suicídio comercial, tanto em tempos de maré alta, quanto de crise de vendas como a atual -- o país espera retração na casa de 20% a 27% até o final do ano, para pelo menos 2,8 milhões de unidades, ante 3,5 milhões de 2014.

Mas precisamos pensar que o descarte da maioria acentua ainda deformações monstruosas no mundo branco. Apreendem-se as pessoas negras, mas como se elas não fossem exatamente pessoas. Elas existem, elas estão aí, mas elas não importam. Simplesmente isso. Seja lá o que elas forem, pessoas ou coisas, elas não importam.

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte:www.informativo.com.br\unegro

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