Salve Jorge: a histórica polêmica ao culto dos Orixás no Brasil.
A criação de uma religião nunca acontece por acaso. Toda religião nasce de uma intensa necessidade, onde as pessoas que não encontram afinidades com as crenças já existentes
buscam um novo meio para exercitarem sua fé e religiosidade. Refletindo essas necessidades, cada religião tem uma forma de se apresentar, através de suas divindades, rituais, preces e templos, que devem ser compreendidos e respeitados tanto por seus seguidores, como por todas as outras pessoas e suas formas de fé.
buscam um novo meio para exercitarem sua fé e religiosidade. Refletindo essas necessidades, cada religião tem uma forma de se apresentar, através de suas divindades, rituais, preces e templos, que devem ser compreendidos e respeitados tanto por seus seguidores, como por todas as outras pessoas e suas formas de fé.
Só que infelizmente a teoria está bem longe da prática. Atualmente podemos ver todo o tipo de preconceito religioso disseminado nas redes sociais por causa da novela global Salve Jorge, que traz o santo católico que faz sincretismo com o Orixá Ogum como tema.O culto aos Orixás e aos guias de Umbanda sofre com os ataques preconceituosos desde sua criação, sendo considerada uma religião polêmica até os dias de hoje. A Umbanda sempre abriu a porta de seus terreiros para todos, ricos ou pobres, homens, mulheres e crianças, sem nenhuma distinção de cor, condição social ou sexo, com o intuito de levar conforto espiritual e físico a quem precisasse, sendo a caridade sua principal missão.
O discurso conservador do catolicismo e seu papel elitista afastavam os negros, brancos pobres e mestiços, já que estes não poderiam ser dizimistas. Já os cultos africanos se fechavam, tendo os seus conhecimentos e práticas cada vez mais sigilosos, muitas vezes se afastando dos cultos de ancestralidade e rejeitando o culto aos espíritos. Em alguns casos se associava a magia e a feitiçaria, o que acabou transformando os fieis em clientes, gerando um enorme processo de rejeição do Candomblé à Umbanda (que afirmava não existir um culto africano que trabalhe com espíritos, apenas com os Orixás, que tais espíritos seriam apenas “Eguns”, ou seja, espíritos sem evolução espiritual) e da Umbanda ao Candomblé (devido ao fato de existir cobrança para realização de trabalhos). Na Federação Espírita, se matinha o julgamento de “evolução espiritual” baseado em erudição e casta social, mais uma vez afastando as pessoas mais pobres e os espíritos ditos “menos evoluídos” de suas sessões.
Além das perseguições religiosas enfrentadas pela Umbanda com as outras religiões, ela também era alvo de críticas por aceitar sem restrições, na maioria dos terreiros, homossexuais, acreditando que o amor se manifesta por meio da essência, da energia e da polaridade dos espíritos, sendo o sexo apenas uma questão física. Essa atitude desmistificou muitas das concepções de pecado e tabus sexuais impostos em outras crenças.
Nos últimos 104 anos, a Umbanda passou e ainda passa por diversas críticas, preconceitos e perseguições, mas nada disso afetou seu crescimento e prosperidade, muito pelo contrário, todas essas adversidades só aumentam a força e fé de seus adeptos nos guias e Orixás, que levam os ideais de amor, respeito, aceitação e caridade para as novas gerações.
Salve Jorge!
Ogum iê!
Senhor do Ferro e Vencedor de Demandas
Dia Comemorativo: 23 de abril
Dia da Semana: Terça-Feira
Morada do Orixá: Estradas, ferramentarias e locais de agricultura.
Vibração: Afirmação da Virilidade, caminhos, estradas, viagens e jornadas.
” Eu tenho a minha espada pra me defender,
Eu tenho Ogum em minha companhia
Ogum é meu Pai,
Ogum é meu guia
Ogum é meu Pai,
Seu sete ondas, filho da Virgem Maria.”
Um afro abraço.
Fonte: Tudo o que você precisa saber sobre a Umbanda- Volume 1- Janaína Azevedo- Ed. Universo dos Livros; Os Arquétipos da Umbanda- As hierarquias espirituais dos Orixás- Rubens Saraceni- Ed. Madras.
O discurso conservador do catolicismo e seu papel elitista afastavam os negros, brancos pobres e mestiços, já que estes não poderiam ser dizimistas. Já os cultos africanos se fechavam, tendo os seus conhecimentos e práticas cada vez mais sigilosos, muitas vezes se afastando dos cultos de ancestralidade e rejeitando o culto aos espíritos. Em alguns casos se associava a magia e a feitiçaria, o que acabou transformando os fieis em clientes, gerando um enorme processo de rejeição do Candomblé à Umbanda (que afirmava não existir um culto africano que trabalhe com espíritos, apenas com os Orixás, que tais espíritos seriam apenas “Eguns”, ou seja, espíritos sem evolução espiritual) e da Umbanda ao Candomblé (devido ao fato de existir cobrança para realização de trabalhos). Na Federação Espírita, se matinha o julgamento de “evolução espiritual” baseado em erudição e casta social, mais uma vez afastando as pessoas mais pobres e os espíritos ditos “menos evoluídos” de suas sessões.
Além das perseguições religiosas enfrentadas pela Umbanda com as outras religiões, ela também era alvo de críticas por aceitar sem restrições, na maioria dos terreiros, homossexuais, acreditando que o amor se manifesta por meio da essência, da energia e da polaridade dos espíritos, sendo o sexo apenas uma questão física. Essa atitude desmistificou muitas das concepções de pecado e tabus sexuais impostos em outras crenças.
Nos últimos 104 anos, a Umbanda passou e ainda passa por diversas críticas, preconceitos e perseguições, mas nada disso afetou seu crescimento e prosperidade, muito pelo contrário, todas essas adversidades só aumentam a força e fé de seus adeptos nos guias e Orixás, que levam os ideais de amor, respeito, aceitação e caridade para as novas gerações.
Salve Jorge!
Ogum iê!
Senhor do Ferro e Vencedor de Demandas
Dia Comemorativo: 23 de abril
Dia da Semana: Terça-Feira
Morada do Orixá: Estradas, ferramentarias e locais de agricultura.
Vibração: Afirmação da Virilidade, caminhos, estradas, viagens e jornadas.
” Eu tenho a minha espada pra me defender,
Eu tenho Ogum em minha companhia
Ogum é meu Pai,
Ogum é meu guia
Ogum é meu Pai,
Seu sete ondas, filho da Virgem Maria.”
Um afro abraço.
Fonte: Tudo o que você precisa saber sobre a Umbanda- Volume 1- Janaína Azevedo- Ed. Universo dos Livros; Os Arquétipos da Umbanda- As hierarquias espirituais dos Orixás- Rubens Saraceni- Ed. Madras.