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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

"Olhos que Condenam"- Afro Americano é o ator mais jovem ganhador do Emmy 2019 .

Um dia depois, da execução de Aghata em Los Angeles, na Califórnia, o jovem ator de 21 anos, Jharrel Jerome, subiu ao palco do Emmy Awards para ganhar o prêmio de Melhor Ator em Minissérie. “Rezei para que o título fosse concretizado e que realmente víssemos esses homens por quem eles são”, desabafou o intérprete de Korey Wise, em Olhos que Condenam. Para quem não sabe, a série, de Ava DuVernay, contou a história baseada em fatos reais de cinco meninos negros que foram condenados por “engano”, em 1989, nos EUA
O interprete de Korey fez um discurso emocionante que foi aplaudido de pé. O astro, que levou a categoria de Melhor Ator em Minissérie ou Filme para a TV, dedicou o prêmio aos cinco jovens negros da vida real que inspiraram a história do seriado:
Jerome, que pela primeira vez havia recebido uma indicação na carreira, derrotou Benicio del Toro ("Escape at Dannemora"), Mahershala Ali ("True Detective"), Hugh Grant ("A Very English Scandal"), Jared Harris ("Chernobyl") e Sam Rockwell ("Fosse/Verdon")

O jovem Jharrel Jerome fez história na noite de ontem ao ganhar o primeiro Emmy de sua carreira. O ator de 21 anos, premiado após interpretar Korey Wise na série da Netflix Olhos Que Condenam, foi também o mais jovem vencedor da noite, além de ter se tornado o primeiro afro-latino premiado como melhor ator em minissérie ou filme para TV.

“Estou aqui na frente de pessoas que me inspiram”, disse o ator, que agradeceu muito o apoio de sua mãe para interpretar Korey Wise. “Obrigado a Ava DuVernay, Netflix, minha equipe, porém, mais importante, isso é para os homens que conhecemos como os Cinco Inocentados, isso é para Raymond, Yusef, Antron, Kevin e Korey”Baseado em uma história real que tomou conta dos EUA, Olhos que Condenam narra o caso notório de cinco adolescentes negros, rotulados como os Central Park Five, que foram condenados por um estupro que não cometeram. Todos os episódios já estão disponíveis na Netflix.

Os "cinco absolvidos", como Jerome os definiu, devolveram o elogio da poltrona com o punho levantado. Jharrel Jerome interpreta Korey Wise, um dos cinco jovens envolvidos nesse escândalo judicial que ecoou em todo o país nos EUA. EFE.

Ok , o que tem em comum os dois casa bem a criança Ágatha e o jovem ?  Todas são pessoas negras. Mas você deve estar se perguntado o que isso tem a ver, certo? Bom, uma vez assisti a um episódio de Todo Mundo Odeia o Cris em que o Julius falava que sempre torcia para pessoas negras, inclusive as desconhecidas , não foi "só" Ágatha, temos o Jenifer Gomes, o Kauê dos Santos, o Kauã Rozário, o Kauan Peixoto foram outras crianças que tiveram a infância interrompida por conta de tiros disparados pela polícia nas comunidades do Rio de Janeiro neste ano.

É preciso lembrar que quanto mais escura a sua cor, mais você é visto como suspeito. A sociedade racista vê o negro como marginal e esquece que foi a maior responsável pela sua marginalização. Após produzir riquezas em séculos de escravidão, pessoas negras foram jogadas ao relento sem direito a nada. Todo o produto do seu trabalho foi para mãos brancas que vem passando esse capital produzido por nós de geração em geração.

Ser tomados por um sentimento de impotência de não estarmos no controle, né? sabendo que "todas as vitimas" inocentes de pais trabalhadores que fizeram tudo direito e que pagam impostos que incluem e pagam segurança com seus encargos e tributos obrigatórios como todo cidadão de bem

Se liga que : O estado muito preocupado com aqueles que se rebelaram contra o sistema, lutando para sair do lugar historicamente destinado a "gente como nós"as elites contra atacam. Criam assim uma força de segurança para proteger seu patrimônio gerado pela exploração da mão de obra negra. E pra isso prometem ao pobre que, tornando-se parte desse escalão, ele terá chances de ascender socialmente e ter uma vida digna. O negro marginalizado vê nesse emprego público o fim da sua pobreza, sem notar que ela foi gerada pelo próprio Estado que o emprega. Esse homem muitas vezes não aprendeu a ter senso crítico, afinal sua escola pública não tinha nenhuma estrutura ou ensino de qualidade. Só o que ele recebe é treinamento pra matar suspeitos que são um reflexo dele mesmo.

Nossa indignação pelo sangue até das crianças derramado é impossível não ficar indignado. Protestos online e offline são necessários para mostrar que nenhuma vida negra passará em branco, mas precisamos transformar essa indignação em ações palpáveis com rebeldia,mas sem perder a ternura pois se formos contaminados por este tipo de sistema perverso, nos transformaremos igual a tudo isso que combatemos .

Um afro abraço.
Claudia Vitalino.

fonte: oul\mundo negro

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