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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

CAUSA DE ÓBITOS DE MULHERES NO PAÍS


De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, óbitos provocados por doenças decorrentes do HIV são a quarta principal causa de morte de mulheres com idades entre 10 e 49anos.

No caso dos homens, mortes provocadas por complicações do vírus da Aids ocupam a 15° posição entre as principais causas de óbitos. Segundo a publicação “Saúde Brasil 2007”, em 2005, a taxa de mortalidade entre as mulheres nesse quesito foi de 5 óbitos para cada 100 mil habitantes. No caso dos homens, naquele mesmo ano, esse número ficou em 8,1 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas. “O estudo também aborda o risco de morte por HIV, entre as mulheres raça/cor preta. O vírus ocupa o segundo lugar no ranking de mortalidade e o risco de morte é 2,6 vezes maior que entre as mulheres brancas”, informa texto do Ministério da Saúde “A principal causa de mortes para os homens foi as Doenças Isquêmicas do Coração, grupo que inclui o infarto agudo do miocárdio. Ao todo, foram 49.128 vidas perdidas por essa causa. As doenças cerebrovasculares foram a segunda causa de morte para os homens, com 45.180 óbitos. Na seqüência, estão os homicídios – 43.665 vidas perdidas”, explica texto do Ministério da Saúde.

No caso das mulheres, o estudo indica o seguinte: “As neoplasias (grupo que reúne os vários tipos de câncer) foram responsáveis pela maior quantidade de mortes entre mulheres em idade fértil no Brasil, em 2005. Responsáveis por 20,7% das mortes em 2000, passaram a responder por 23% das mortes em 2005.”

Aids na população negra = falta de informação.

Ministério da Saúde juntamente com o Programa Estratégico de Ações Afirmativas lançou o Programa contra Aids dirigido à população negra. A prioridade é, em um primeiro momento, o levantamento de dados relacionados à “raça” (auto-identificação), que até 2001 não fazia parte dos relatórios de incidência da doença, para então se traçar projetos de políticas públicas. “Reconhecer que sabemos pouco sobre população negra e racismo dentro da Aids e ampliar esta discussão é a principal meta do programa”, afirmou Karen Bruck, assistente técnica da Coordenação Nacional de DST/Aids

A iniciativa brasileira não é pioneira, há exemplos de incluir a variável raça nas estatísticas sobre Aids também em países desenvolvidos, como Inglaterra e EUA. Mesmo assim, trata-se de uma preocupação recente que agora entra no debate internacional. Um exemplo foi a preocupação da Fundação de Ciência Austríaca (FWF, na sigla em alemão), que recomendou, neste mês, a inclusão das diferenças culturais (minorias étnicas) e de gênero, quase nunca presentes, nos planejamentos dos sistemas de saúde podemos, de forma a melhorar a qualidade e expectativa de vida destes pacientes.

Entre as metas do Programa de combate à Aids entre a população negra brasileira, está, a curto prazo, a capacitação de “pelo menos 50%” dos técnicos da rede do SUS, como frisou Barbosa, com a participação de profissionais negros, além do desenvolvimento de estratégias de comunicação entre usuários e profissionais da saúde de modo a sensibilizá-los para a existência de diferenças na incidência da doença na população negra. Também estão programadas parcerias entre as universidades e os movimentos sociais, para melhorar as informações e se traçar políticas públicas que poderão sustentar a longo prazo uma mudança no quadro de saúde dos negros. Na análise; as mulheres representaram a aids como uma doença que não tem cura; traz perigo; causa dor e as deixa triste; reiterando representações que estão presentes desde o inicio da epidemia.
O descuido relacionado ao não cumprimento de medidas preventivas; em especial; o uso do condom; usado por ela própria ou por seu companheiro requer negociação; levando-as a situações de assimetria no poder de decisão nas relações afetivo-sexuais; decorrentes das questões de gênero; imbuídas no senso comum e que afetam mulheres de todas as classes sociais; raças
e crenças.








Ministério da Saúde juntamente com o Programa Estratégico de Ações Afirmativas lançou o Programa contra Aids dirigido à população negra. A prioridade é, em um primeiro momento, o levantamento de dados relacionados à “raça” (auto-identificação), que até 2001 não fazia parte dos relatórios de incidência da doença, para então se traçar projetos de políticas públicas. “Reconhecer que sabemos pouco sobre população negra e racismo dentro da Aids e ampliar esta discussão é a principal meta do programa”, afirmou Karen Bruck, assistente técnica da Coordenação Nacional de DST/Aids.

O perfil da Aids, que foi se modificando desde seu aparecimento nos anos 80, passou a apresentar uma pauperização, e apenas com o aumento dos dados recentes que incluem raça nos bancos de dados sobre Aids, verificou-se também um aumento não proporcional da doença na população negra. “Existe uma sobreposição entre população negra e pobreza e que deve ser investigada no caso da Aids”, afirma Francisco Inácio Bastos, que pesquisa as tendências da epidemia de Aids no país no Centro de Informação Científica e Tecnológica da Fiocruz.

Existem poucos dados que diferenciam a incidência dos soropositivos (portadores do vírus HIV) de acordo com a raça na população brasileira. Alguns dos disponíveis, no entanto, apontam um risco maior entre os negros, a exemplo dos índices publicados na tese de doutorado Mulheres e homens negros: saúde doença e morte de Luís Eduardo Batista, da Unesp de Araraquara, em 2002. Os dados relativos ao estado de São Paulo de 1999 a 2000, mostram que a incidência do HIV entre homens negros era de 25,9 para cada 100 mil óbitos, enquanto para os brancos era de 14,4/100 mil. Já no caso das mulheres negras as mortes equivaliam a 11,39/100 mil e entre as brancas a 4,92/100 mil. Mais do que apontar uma maior mortalidade entre a população paulista negra, o estudo revela que as mulheres negras têm uma chance de morrer de Aids muito próxima a dos homens brancos, ou seja, há um peso diferenciado do morrer, como definiu Maria Inês da Silva Barbosa, diretora da Subsecretaria de Políticas de Ações Afirmativas. “Por que o negro está morrendo mais?”, questiona.

O trabalho em 2003 por Fernanda Lopes, da Faculdade de Saúde Pública da USP, pode dar algumas pistas. Depois de analisar 1.068 mulheres (542 negras e 526 não-negras) maiores de 18 anos atendidas em serviços públicos de referência para o tratamento de DST/Aids do estado de São Paulo, ela concluiu que as negras são mais vulneráveis à reinfecção e ao adoecimento do que as não-negras. Entre as explicações apontadas no estudo está o fato dessas mulheres terem dificuldades de acesso à educação formal, condições de moradia e habitação menos favoráveis, baixo rendimento individual e familiar per capita, mais dificuldade de acesso ao teste diagnóstico e, quando se descobrem soropositivas, deixam de receber informações importantes para melhoria de sua qualidade de vida.

O grande problema, de acordo com a diretora da Subsecretaria de Políticas de Ações Afirmativas, é a existência de um sistema de saúde que se propõe de acesso universal e igualitário, como o Sistema Único de Saúde (SUS), mas que acaba camuflando a diferente prevalência de doenças na população negra. Assim, a iniciativa do Ministério da Saúde foi bem recebida por Francisco Bastos, da Fiocruz. Porém, ele enfatiza que é preciso priorizar, sobretudo, os dados em relação ao adoecimento, morte e acesso ao tratamento entre a população negra, quase inexistentes.

A iniciativa brasileira não é pioneira, há exemplos de incluir a variável raça nas estatísticas sobre Aids também em países desenvolvidos, como Inglaterra e EUA. Mesmo assim, trata-se de uma preocupação recente que agora entra no debate internacional. Um exemplo foi a preocupação da Fundação de Ciência Austríaca (FWF, na sigla em alemão), que recomendou, neste mês, a inclusão das diferenças culturais (minorias étnicas) e de gênero, quase nunca presentes, nos planejamentos dos sistemas de saúde modernos, de forma a melhorar a qualidade e expectativa de vida destes pacientes.

Entre as metas do Programa de combate à Aids entre a população negra brasileira, está, a curto prazo, a capacitação de “pelo menos 50%” dos técnicos da rede do SUS, como frisou Barbosa, com a participação de profissionais negros, além do desenvolvimento de estratégias de comunicação entre usuários e profissionais da saúde de modo a sensibilizá-los para a existência de diferenças na incidência da doença na população negra. Também estão programadas parcerias entre as universidades e os movimentos sociais, para melhorar as informações e se traçar políticas públicas que poderão sustentar a longo prazo uma mudança no quadro de saúde dos negros.

A mudança no perfil epidemiológico da infecção pelo HIV/aids nos últimos anos ocorridas no Brasil; indica um intenso crescimento do número de mulheres infectadas; sendo estas na sua maioria negras.

Neste sentido; acreditando ser importante conhecer as representações sociais dessas para melhor compreender suas vulnerabilidades à infecção pelo HIV e o modo como agem diante desta epidemia; busquei neste presente estudo apreender as Representações Sociais de mulheres negras e não negras sobre suas vulnerabilidades à infecção pelo HIV/aids; assim como; identificar as implicações de gênero e dos diferencias raciais nas vulnerabilidades de mulheres à infecção pelo HIV/aids.

Trata-se de um estudo quantiqualitativo; com abordagem multimétodos; fundamentado na Teoria das Representações Sociais.

Para realização do mesmo foram utilizados como cenários da pesquisa uma unidade ambulatorial de saúde integrante da rede de serviços oferecida pela Universidade; e uma unidade de atenção básica da rede municipal de saúde; ambas situados no município de Salvador.

Participaram deste estudo 124 mulheres que compareceram a estas unidades para realização de consultas de planejamento familiar ou ginecológicas no período de julho a outubro de 2007.

Foram utilizados para a coleta de dados o Teste de Associação Livre de Palavras (TALP) e a técnica projetiva do desenho estória com tema; os dados resultantes foram submetidos a análise fatorial de correspondência (AFC) e a análise de conteúdo temática; respectivamente.

Para o TALP foram utilizados seis estímulos indutores: aids; sexo; sexualidade; aids e mulher negra; aids e mulher não negra e você mesma.

As respostas foram processadas no software Tri-Deux-Mots; com as seguintes variáveis: faixa etária; cor; escolaridade; estado civil.

A análise fatorial de correspondência revelada no jogo de oposições demonstrou que a variável cor não apresentou significância diante do percentual total de respostas; possivelmente; em decorrência de a população estudada ter sido constituída em sua maioria de pessoas que se auto-referiram como sendo negras (88;7%; das quais 40;3% eram pardas e 48;4% eram pretas); este resultado corrobora com os dados censitários que indicam Salvador como sendo a capital mais negra do país.

Na análise; as mulheres representaram a aids como uma doença que não tem cura; traz perigo; causa dor e as deixa triste; reiterando representações que estão presentes desde o inicio da epidemia.

O descuido relacionado ao não cumprimento de medidas preventivas; em especial; o uso do condom; usado por ela própria ou por seu companheiro requer negociação; levando-as a situações de assimetria no poder de decisão nas relações afetivo-sexuais; decorrentes das questões de gênero; imbuídas no senso comum e que afetam mulheres de todas as classes sociais; raças e crenças.

Espera-se que os resultados obtidos através deste estudo contribuam na conscientização tanto das mulheres como dos gestores de políticas de saúde sobre a importância da inclusão dos estudos de gênero e raça na vulnerabilidade à infecção pelo hiv; fatores que contribuem em maior proporção na predisposição das mulheres

IMPORTANTE :Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

Fonte: Agência de Notícias da Aids





























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