UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Movimento negro faz protesto antirracismo...

O Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra, promoveu ato público contra o racismo, na cidade de São Paulo, no dia 11 de fevereiro de 2012. Durante o protesto os manifestantes partiram do bairro de Santa Cecília e adentraram o Shopping Higienópolis


Eles escandalizaram o templo do racismo em São Paulo.
militantes do movimento negro em São Paulo pegaram de surpresa a segurança do Shopping Higienópolis. Era por volta de quatro da tarde e os
Ultrapassadas as três portas principais, objetivava-se, agora, chegar ao ponto central da casa que é a antítese da “Casa do Povo”. Os seguranças tentaram impedir, havendo um início de tumulto, logo superado pela onda negra que fazia pressão para que não se parasse nos corredores.

Tomamos o ponto central com nossas bandeiras, com nossas palavras, com nossa cor preta. A disposição arquitetônica deste centro mercantilista é perfeita para este tipo de ato, pois dos vários andares poder-se-ia avistar o nosso grito de protesto.

As forças de segurança do Estado racista brasileiro estavam em nosso encalço, mas fizeram as intervenções de rotina. Os militantes do movimento negro se revezavam ao microfone para dar o recado nunca antes ouvido pela elite branca que gastava ali o dinheiro advindo do suor do povo negro deste país.

Os olhares de perplexidade foram a tônica. Incredulidade da burguesia por termos chegado até onde chegamos. Ouvir verdades nunca foi o forte dessa gente. Enfatizo o fato de que o alvo poderia ter sido qualquer outro Shopping, mas era preciso algo a simbolizar nossa história de exclusão.

Esse templo do consumo carrega em seu nome a característica eugênica de nossa elite branca pensante de fins do século XIX e início do século XX. Nossas palavras fizeram eco. Nossa intenção jamais foi reclamar participação e existência naquele ambiente de luxo. Nossa intenção era denunciar, olho no olho, quem vive à custa do suor do povo negro.

Encerramos a manifestação e nossa alma foi duplamente lavada pela chuva que caía sem cessar. A população negra deste país existe e vai exigir sua participação em suas riquezas, doa a quem doer.”


Afrontar a elite branca e racista de São Paulo foi a estratégia de centenas de manifestantes – em maioria, negros – que, no sábado (11), saíram com bandeiras e faixas do largo Santa Cecília, subiram a avenida Higienópolis e ousaram entrar naquele que é o mais genuíno templo do racismo na cidade.

O Shopping Pátio Higienópolis foi inaugurado no dia 18 de outubro de 1999. Instalado no coração do bairro de Higienópolis, região de alto poder aquisitivo em que vive o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é composto por mais de 245 lojas distribuídas em seis pisos.

Ano passado, o shopping foi alvo de outro ato público, o Churrascão da Gente Diferenciada, levado a cabo em protesto contra abaixo-assinado de 3 mil moradores “higienopolitanos” que pedia ao governo do Estado que não construísse ali uma estação de metrô para não atrair gente pobre – ou, como preferiram chamar, “diferenciada”.

A escolha desse shopping para um ato público dessa natureza fez todo sentido porque não há outra parte da cidade em que o racismo hipócrita e visceral que encerra seja tão evidente. Só quem conhece o local é capaz de entender. A mera visita a ele desmonta a teoria de que não existe racismo no Brasil.

No Pátio Higienópolis, a sensação que se tem é a de estar em algum país nórdico. Só o que lembra que se está no Brasil são os empregados negros ou mestiços, tais como faxineiros, seguranças e alguns poucos funcionários das lojas. A clientela do shopping é quase que exclusivamente branca.

A manifestação foi convocada pelo “Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra” e protestou contra a reintegração de posse do bairro Pinheirinho, em São José dos Campos, contra a ação truculenta da PM na Cracolândia e contra o caso de uma funcionária negra da escola Anhembi Morumbi que alega que a direção a pressionou a alisar os cabelos.


Em um momento solene e apoteótico da manifestação dentro do shopping um refrão cheio de simbolismo, extraído do poema “Negro Homem, negra poesia”, de José Carlos Limeira, 56, um dos autores baianos de maior destaque na comunidade negra, foi entoado por centenas de vozes, para horror daquela elite perplexa.

Ver um pequeno exército de negros altivos entoando palavras de ordem enquanto enveredavam por um local em que são raros de se ver e, quando aparecem, estão sempre cabisbaixos e servis, escandalizou e intimidou a clientela habitual. Lojas fechavam as portas e madames debandavam, esbaforidas, rumo ao estacionamento.

A Folha de São Paulo colheu depoimentos das indignadas madames habitués do shopping sobre a “invasão” de sua praia. Suas declarações revelam toda a burrice do racismo.

“Fiquei com medo que saqueassem a loja, podia ter tiros, morte. São uns vândalos, vagabundos”

“Achei ridículo esse negócio de racismo. Onde é que está? Veja a quantidade de seguranças e empregados negros”

Dois depoimentos, duas provas incontestáveis de racismo e burrice. Será que se fosse uma manifestação de estudantes branquinhos da USP haveria medo de saques, tiros e mortes? Será que o fato de só haver funcionários negros, mas não consumidores, não prova o racismo e a desigualdade racial que infecta a sociedade?

Esse é só mais um dos capítulos da guerra contra o racismo e o higienismo racial e social do governo e de parte da sociedade de São Paulo. Foi travada onde deveria, em Higienópolis (bairro cujo nome não poderia ser mais apropriado). E, desta vez, as forças da igualdade racial e social venceram.

protesto, cujo tema era “Higienização Sócio Racial e a Criminalização da Pobreza”, reuniu cerca de 500 pessoas, de acordo com a organização, composta por entidades ligadas aos movimentos sociais.

O ato criticou as ações na comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos, e na Cracolândia, no centro de São Paulo.

Assinaram a convocação do ato: Amparar (Assoc. de Amigos e Familiares de Presos/as), Anastácia Livre, Centro Acadêmico de Ciências Sociais Florestan Fernandes , Centro de Resistência Negra, Círculo Palmarino, Coletivo AnarcoPunk SP, Coletivo Anti-Homofobia, CONEN, Consulta Popular, Empregafro, Força Ativa, Fórum Popular de Saúde, Juventude Socialista, Levante Popular da Juventude, Mães de Maio,MNU, Movimento Quilombo Raça e Classe, MST, Núcleo de Consciência Negra na USP, Sarau da Brasa, Setorial LGBT da CSP-Conlutas, Sujeito Coletivo - USP, Tribunal Popular, UNEAFRO e logico a UNEGRO(União de Negros Pela Igualdade).

REBELE-SE CONTRA O RACISMO!

Fonte: http://www.blogcidadania.com.br/coletivodar.org/.www.ihu.unisinos.br/noticias/R7.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Brasil é mais negro...

Brasil está mais negro e envelhecido; Mulheres são maioria hoje no Brasil


Censo 2010: população brasileira está mais velha e chega a 190.755.799

O Brasil tem 190.755.799 habitantes. É o que constata a Sinopse do Censo Demográfico 2010, que contém os primeiros resultados definitivos do XII Recenseamento Geral do Brasil, divulgada pelo IBGE. Os dados mostram ainda que o país segue a tendência de envelhecimento, que para cada grupo de 100 mulheres há 96 homens e que há mais pessoas se declarando pretas e pardas.

Segundo o Censo 2010, atualmente, 24,1% da população brasileira é menor de 14 anos; em 1991, essa faixa etária representava 34,7% da população. Outro fenômeno verificado é o aumento contínuo da representatividade de idosos: 7,4% da população têm mais de 65 anos, contra 4,8% em 1991.

Já a taxa média anual de crescimento baixou de 1,64%, em 2000, para 1,17%, em 2010. Mesmo assim a população brasileira aumentou quase vinte vezes desde o primeiro recenseamento realizado no Brasil, em 1872, quando foram contados 9.930.478 habitantes. Outro dado aponta que as maiores taxas médias de crescimento anual de população foram observadas nas regiões Norte (2,09%) e Centro-Oeste (1,91%), seguidas das pelas regiões Nordeste (1,07%), Sudeste (1,05%) e Sul (0,87%).

De acordo com o IBGE, a média de moradores por domicílio caiu para 3,3; em 2000, a relação entre as pessoas moradoras nos domicílios particulares ocupados e o número de domicílios particulares ocupados era de 3,8. Esse comportamento persistiu tanto na área urbana quanto na área rural, diz o Instituto.

Distribuição por sexo – O levantamento aponta que há 96 homens para cada 100 mulheres no país, resultado em um excedente de 3.941.819 mulheres. Entretanto, nascem mais homens no Brasil: a cada 205 nascimentos, 105 são de homens. A diferença ocorre, segundo o IBGE, porque a taxa de mortalidade masculina é superior. Na relação por situação de domicílio, os homens são maioria no meio rural: 15.696.816 homens para 14.133.191 mulheres. Já no meio urbano, as mulheres seguem à frente, como na média nacional: são 83.215.618 para 77.710.174 homens.

Casais gays – A pesquisa do IBGE mostra que o Brasil já registra mais de 60 mil pessoas vivendo com parceiros do mesmo sexo. A região Sudeste é a que tem mais casais que se assumiram homossexuais, com 32.202. Em seguida, está a região Nordeste, com 12.196; e a Sul, com 8.034. O número representa 0,2% do total de cônjuges (37,547 milhões) em todo o país. É a primeira vez que o dado foi pesquisado.


Negros e pardos – Os dados trazem ainda a informação de que há mais pessoas se declarando pretas e pardas. Este grupo subiu para 43,1% e 7,6%, respectivamente, na década de 2000, enquanto, no censo anterior, era 38,4% e 6,2% do total da população brasileira. Já a população branca representava, em 2010, 47,7% do total; a população amarela (oriental) 1,1% e, a indígena, 0,4%.

Analfabetismo caiu – O Instituto aponta que houve melhora no índice de analfabetismo: hoje 9% da população brasileira não é alfabetizada; em 2000 eram 12,9%. Em números absolutos, 14,6 milhões de pessoas não sabem ler nem escrever, de um universo de 162 milhões de pessoas com mais de 10 anos.

Embora tenha sido registrada redução de 0,7 ponto percentual no número de pessoas que se declararam pretas de 2007 para 2008, essa população representa 6,8% do total. O total de pardos cresceu 1,3 ponto percentual, somando 43,8%, e os brancos, com redução de 0,8 ponto percentual, são 48,4%.

A distribuição da população por cor e raça é diferenciada entre as regiões do país. Os estados do Norte e Nordeste concentram os negros, com percentuais de 76,1% e 70,1%, respectivamente. Os brancos estão na Região Sul (78,7%) e Sudeste (56,8%).

Mulheres são a maioria

Nascem mais homens no país. No entanto, por motivos como a violência, as mulheres vivem por mais tempo, o que as tornam a maioria na população brasileira.


O percentual de pessoas na faixa etária mais jovem, de até 4 anos, era 6,9% do total de mulheres (97,5 milhões) e 7,5% do total de homens (92,4 milhões), em 2008. Já na faixa etária mais velha, de 60 anos ou mais, estão 12,1% das brasileiras e 10% do total de homens, segundo a pesquisa.

"A expectativa de vida das mulheres é maior por questões e de saúde e outros fatores. Os rapazes estão mais envolvidos em acidentes de trânsito, na questão da violência urbana. Então, ao longo da vida deles, têm um número de óbitos maior que o das mulheres", explicou a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira.

Em 2008, dos 188 milhões brasileiros residente no país, as mulheres correspondiam a 51,3% e os homens, a 48,7%. Em relação ao ano passado, segundo a Pnad, não houve mudança significativa na distribuição por sexo. Em 2007, 51,2% da população era de mulheres e 48,8%, de homens

Envelhecimento

A cada ano mais pessoas ultrapassam os 40 anos de idade, refletindo a tendência de envelhecimento da população. De 2007 para 2008 o total de pessoas com essa idade cresceu 4,5%.


De acordo com o IBGE, a população com 60 anos ou mais também cresceu. Em 2008, 21 milhões de brasileiros estavam nessa faixa estária, ou 11,1% do total. No ano anterior, eram 19,7 milhões.

A tendência de envelhecimento é observada com destaque no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, estados onde 14,9% e 13,5% da população têm 60 anos ou mais, respectivamente. Em relação às regiões, o índice é maior no Sul (38,1%) e Sudeste (37,8%).

Já os brasileiros mais jovens (de até 4 anos) estão em maior número no Acre (11%), em Roraima (10,2%) e no Amazonas (10,1%). Em 2008, a Região Norte era a única do país em que o contingente de pessoas nessa faixa etária (1,4 milhão) supera o de habitantes com mais de 60 anos (1,1 milhão).

"A Região Norte tradicionalmente apresenta uma estrutura etária mais jovem", comentou a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira. "Lá, as mulheres têm uma taxa de fecundidade maior [número de filhos] e a expectativa de vida é menor em função das doenças, do acesso à saúde e das condições de vida", explicou.

Brasileiros que moram sozinho


De acordo com a Pnad, o número de residências com apenas um morador cresceu de 11,5% para 12% de 2007 para 2008, mantendo a tendência verificada em anos anteriores.

Nesse cenário, o número de pessoas por família passou de 3,2 para 3,1. Em cada domicílio, a taxa é de 3,3. De acordo com o IBGE, uma das justificativas para essa redução reflete a redução na taxa de fecundidade, que está em 1,89 filho por mulher.

A Região Sul registra o menor número de pessoas por família, 2,9 e por domicílio, 3,1, assim como a Região Sudeste. Ao contrário, a Região Norte apresenta indicadores mais elevados nas duas situações: 3,5 por família e 3,8 pessoas por domicílio.

Fonte: IBGE/IPEA.

Nossas Negras Crianças de nossa Brasil...

Negras crianças e sua historia no Brasil:

A infância é uma construção histórica. O mundo da criança nem sempre existiu. Por muito tempo não houve separação entre o mundo infantil e o mundo adulto, estes se resumiam em apenas um. Desta forma a criança não era detentora de direitos específicos as suas individualidades. No período Renascentista “nasce” o sentimento da infância, porém este sentimento não era uniforme e homogêneo. Salienta-se que, na maioria das vezes, o sentimento da infância estava “reservado” às elites, que dispunha dos meios necessários para garantir tratamento diferenciado com saúde, educação e cuidados para com os seus filhos. A classe pobre não podia gozar deste sentimento, haja vista que necessitava que seus filhos, tão logo conseguissem se mover sozinhos, a ajudasse nas tarefas e no trabalho. Kramer (1995) nos aponta que a inserção social diversa da criança impõe diferentes concepções de infância. Assim, é impossível universalizar este conceito. “Sendo essa inserção social diversa, é impróprio ou inadequado supor a existência de uma população infantil homogênea, ao invés de se perceber diferentes populações infantis com processos desiguais de socialização.” (Op. cit., p.15) No Brasil também havia um paradoxo entre a infância dos filhos das elites e a infância da criança pobre. Neste trabalho abordo especificamente o paradoxo entre a criança branca e a criança negra. A criança negra sofreu as mais duras penas impostas pelo sistema escravista. Ela não era sujeito de direitos e por vezes, nem mesmo de piedade. Eram vitimas da mortalidade infantil devido às precárias condições que eram submetidas pelos seus donos. Tinham o seu “direito” de amamentar cerceado, pois, em muitos casos, suas mães eram alugadas ou cedidas para servirem de ama-de-leite para crianças brancas. Tão logo se tornassem “úteis” eram obrigadas a começar efetivamente o trabalho compulsório. As negrinhas e os negrinhos eram brinquedinhos para as crianças brancas e até mesmo para o adulto. Assim era a vida da criança negra de 0 a 6 anos: negação, não-ser, “peça” temporariamente inútil... A situação não mudou quase nada com a promulgação da Lei do Ventre Livre, que estabelecia que seriam livres os filhos dos trabalhadores escravizados nascidos no Brasil a partir da data de sua promulgação. Art. 1o: Os filhos da mulher escrava que nascerem no Império desde a data desta lei, serão considerados de condição livre. §1o: Os ditos filhos menores ficarão em poder e sob a autoridade dos senhores de suas mães, os quais terão obrigação de criá-los e tratá-los até a idade de oito anos completos.

Seu valor no mercado!?


Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe terá a opção, ou de receber do Estado a indenização de 600$000, ou de utilizar-se dos serviços do menor até a idade de 21 anos completos. No primeiro caso o governo receberá o menor, e lhe dará destino, em conformidade da presente lei. A indenização pecuniária acima fixada será paga em títulos de renda com o juro anual de 6%, os quais se considerarão extintos no fim de trinta anos. A declaração do senhor deverá ser feita dentro de trinta dias, a contar daquele em que o menor chegar à idade de oito anos e, se a não fizer então, ficará entendido que opta pelo arbítrio de utilizar-se dos serviços do mesmo menor. Conforme podemos observar na letra da Lei, os senhores donos das mães escravizadas eram obrigados cuidar dos ingênuos, como eram chamados os “beneficiários” desta lei, até os oito anos de idade. Porém esses cuidados não existiam, a criança continuava acorrentada ao sistema escravista, pois não há como ser livre com pais escravizados. Ainda por cima, a criança livre tinha que trabalhar para o senhor até os 21 anos, para pagar a sua libertação. Esta lei também era responsável pela desestruturação da família negra, pois quando as mães eram vendidas somente os filhos “beneficiários” desta lei podiam acompanhá-la. Uma outra face perversa das conseqüências desta lei: muitos senhores abrigavam as mães a abandonarem os seus filhos ou entregá-los à Roda dos Expostos, instituição que atendia crianças abandonadas. O índice de mortalidade nesta casa era altíssimo, de cada 100 pessoas que entravam, 80 morriam antes de completarem um ano. A abolição oficial da escravatura pouco, ou quase nada, mudou na vida das meninas e meninos negros. Estes continuaram sendo os parias da sociedade, “cidadãos” sem voz, impedidos de usufruir a infância. Não confundir sentimento da infância com o amor e carinho dos pais para com os filhos.

Hoje no seculo XI a miséria ainda condena mais de 5 milhões de crianças negras no Brasil

chamada “primeira infância” pelos especialistas é um período fundamental para o aprendizado, porém, no Brasil, está sendo comprometida pela miséria. De acordo com dados divulgados pelo Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (Ciespi), 10 milhões de crianças até seis anos encontram-se em condição social abaixo da linha de pobreza. Pelo menos metade desses meninos e meninas é negra.

Os pequenos brasileiros de raças preta e parda correspondem a 60% do total das crianças na faixa etária pesquisada e pertencem a famílias com renda per capita inferior a R$ 6,80 por dia, conforme valores de 2009. Por essas condições, essas crianças podem ter comprometidos seu desenvolvimento físico e até psiquiátrico. As informações foram enviadas pelo Ciespi ao Governo Federal para servir de base ao Plano Nacional pela Primeira Infância, instrumento que estabelece as medidas a serem adotadas até o ano 2023, visando o desenvolvimento adequado de crianças de 0 a 6 anos.


– De acordo com Irene Rizzini, diretora do Ciespi, os seis primeiros anos de vida são muito delicados. “As crianças são mais frágeis e precisam de uma proteção especial da família. As experiências dessa fase da vida influenciam, para sempre, a pessoa e sua relação com quem a rodeia”, explica. Irene reforça que esse período demanda segurança, acolhimento e estímulo às potencialidades.

O estudo destaca ainda que 46% da população infantil urbana vivem em lugares sem saneamento básico e que, 95% da rural, moram em casas onde o abastecimento de água e a coleta de esgoto não existem ou são precários. Por isso, Irene defende que pais e gestores públicos se comprometam a proporcionar ambientes que estimulem a primeira infância. “O caminho para eliminar a desigualdade no país depende de como vivem nossas crianças”, resume.

Para cada criança branca vítima da violência urbana no Brasil, duas outras negras são mortas, alerta o Fundo para Infância e Adolescência (Unicef).

A estatística faz parte de um levantamento feito pelo braço brasileiro da agência da ONU para chamar atenção sobre a dupla fragilidade das crianças negras do país.

Usando dados do Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD), a Unicef traçou um desenho sombrio de como o racismo afeta futuras gerações de brasileiros e compromete “setores-chave do desenvolvimento”, nas palavras da oficial de projetos da agência, Helena Oliveira Silva.

Segundo o PNUD, a taxa de homicídios registrada entre negros foi o dobro da registrada entre brancos no ano passado. Em 2000, de acordo com o Datasus, em média 14 adolescentes entre 15 e 18 anos morreram por dia no Brasil – destes, 70% eram negros.

O levantamento mostrou também que as crianças negras estão em pior situação na escola e no mercado de trabalho.

Fonte: BBC/: Hoje em Dia e R7/ http://pt.shvoong.com/humanities/174526-inf%C3%A2ncia-da-crian%C3%A7a-negra/#ixzz1lgXNJKtX

domingo, 29 de janeiro de 2012

Espetáculo Naji Nahas x Favelados do Pinheirinho

Como brasileira acima de tudo fiquei envergonhada com o espetáculo grotesco e inusitado foi protagonizado pelo Judiciário no chamado bairro do Pinheirinho. A juíza que concedeu reintegração — precipitadamente, pois não exauriu a via conciliatória nem exigiu dos poderes públicos uma responsável solução para alojar os despojados de suas residências — recebeu, no local e solenemente, o mandado cumprido pela tropa de choque da Polícia Militar.

Naji Nahas jamais foi condenado pela Justiça brasileira. A propósito de alguns escândalos noticiados pela imprensa, Nahas não foi responsabilizado criminalmente quando acusado de quase quebrar a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Preso preventivamente, beneficiou-se da liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes em favor do banqueiro Daniel Dantas. E também da decisão, ainda não definitiva, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou a Operação Satiagraha: uma anulação fundada na canhestra conclusão da participação, ainda que burocrática, de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Contra essa decisão anulatória votaram os ministros Gilson Dipp e Laurita Vaz.

Com a reintegração de posse concluída, restará prejudicado, pela perda de objetivo, o pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) de suspensão da operação militar conduzida pela tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo e com cerca de 1.500 famílias sem ter onde ir. Mais ainda, a liminar foi indeferida pelo presidente Peluso, do STF.

Como se nota, não houve tempo oportuno para ser apreciado, em sede liminar e pelo STF, o pedido de suspensão da reintegração. Em São Paulo, a decisão foi mantida e o ministro presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) — já acusado de assédio moral a estagiário e de fazer lobby para garantir uma cadeira no STJ para a sua cunhada — entendeu não ser da Justiça federal a competência para suspender a reintegração. Essa decisão de Ari Pargendler foi dada liminarmente, quando a Polícia Militar desalojava, com bombas, balas de borrachas e cães, os moradores do Pinheirinho.

Juntamente com a ação da Polícia Militar, máquinas cuidaram da derrubada de casas de alvenaria e de madeira que abrigaram os antigos moradores e residentes há mais de 8 anos na área.

Num grotesco espetáculo mostrado pelas televisões, a juíza responsável pela decisão de reintegração compareceu ao Pinheirinho para receber, solenemente, a notícia do cumprimento do mandado judicial, pode?

Agora a área esta pronta para ser vendida e a sobra vai para o bolso dos sócios da Selecta, ou seja, de Naji Nahas. Os créditos trabalhistas, que podem já ter sido negociados por valor irrisódio, serão quitados. Idem os especiais, que vão para os cofres da Prefeitura de São José dos Campos


Essa conduta é inusitada no Judiciário. Como regra, os mandados judiciais cumpridos são comunicados por ofício protocolado no Fórum. E os juízes os recebem pela mão do escrivão ou juntados em autos processuais

Polícia Militar prende nove pessoas em regiões próximas ao Pinheirinho

As famílias que tiveram que deixar o local estão alojadas em uma igreja e em abrigos construídos pela prefeitura. A Defensoria Púbica de SP em São José dos Campos entrou na terça-feira (24) com uma ação para tentar obrigar a prefeitura da cidade e o governo do Estado de São Paulo a dar auxílio-moradia e incluir em programas sociais todos os moradores da comunidade do Pinheirinho. Muitos deles estão desabrigados após a reintegração de posse do terreno, que era ocupado desde 2004 por cerca de 1.600 famílias.

Na ação, a Defensoria pede ainda que todos tenham abrigo temporário com condições de higiene, três refeições diárias, transporte escolar, medicamentos e equipe médica. A ação civil pública pede aplicação de
multa diária de R$ 1.000 para cada morador desatendido, mesmo todos sabendo, quem tem dinheiro para pagar uma multa desta não estaria morando de maneira inrregular e com aquelas condições.

Bem a Prefeitura de São José dos Campos montou um novo alojamento na noite desta terça-feira. O abrigo foi montado em um ginásio no Jardim Morumbi, com capacidade para 400 pessoas.

Em nota, a assessoria de imprensa da prefeitura diz que o novo abrigo é próximo a uma igreja em que parte das famílias desalojadas estava acampada. O órgão também diz que há abrigos montados no Parque Dom Pedro, que teve o abastecimento de água restabelecido, e Vale do Sol.

No episódio do Pinheirinho, a organização repressiva do Estado tem nas tropas da PM a sua ponta do iceberg. Porém, mais profundas são suas bases durante os oito anos de existência daquela comunidade deliberadamente abandonada pelo poder público que lhe negou o acesso à saúde, educação, segurança e à justiça.

Após a violenta atuação da PM paulista,vistas pea Brasil e o mundo digna do exército invasor a imprensa imediatamente apresentou os fundamentos jurídicos da ação, repaldando o Estado na defesa da propriedade privada do conhecido Naji Nahas, réu de vários processos envolvendo evasão de divisas, sonegação de impostos, fraude financeira que somam milhões em prejuízo para o erário.

O governador de São Paulo, o prefeito de São José dos Campos, a PM, a guarda municipal e os tribunais asseguraram a legalidade da diáspora1 da população pobre da comunidade do Pinheirinho.

Eu então pergunto existe no Brasil uma justiça igualitaria para todos ou tudo depende ainda de quem voce é.
Nos estamos falando de mais de 1.500 familias, quem vivem a margem da sociedade,as mesmas o a nossa presidente prometeu governar...65%que estam a baixo da linha da miseria, que foram espancados e humilhados pelo poder que deveria ter a função de proteger.

A principal causa desse quase incesto entre o público e privado nos marcos da democracia é onde o direito individual à grande propriedade privada se sobrepõe, juridicamente, ao direito individual à pequena propriedade ou à propriedade coletiva,que eu penso que a justiça é cega todo mundo sabe... Mais ela é surda tambem?

Para que não haja dúvidas, basta observar a quantas anda a reforma agrária, a grilagem e invasão de imóveis públicos por grandes empresas de variadas áreas de atuação, os assassinatos de lideranças do campo e dos povos indígenas.

O que houve na comunidade do Pinheirinho não pode ser deixado no esquecimento, deve ser apurado e o imóvel não deve beneficiar, ao menos desta vez, a quem prejudica a maioria. Ainda que haja outras feridas abertas em Eldorado de Carajás, Unaí, Carandiru, USP, Araguaia, Rio de Janeiro.

A atuação direta em organizações sindicais, estudantis, artísticas, partidárias e movimentos sociais, aliada ao rompimento do vergonhoso silêncio que temos a obrigação moral de romper.

O racismo que se instala nos determinantes normas, condutas e comportamentos sociais que simplificam ou enfatizam o apartheid dos ditos “diferentes”, em especial a população de pele parda ou preta, no país, pela criação do factóide da democracia racial.
As insuficiências sociais orquestradas pelo estado abrem brechas para que em camaleônico processo as intolerâncias que esmagam,ofendem e humilham tantos e muitos se naturalizem nos discursos recheados de desfaçatez :” não era bem isso que eu queria dizer”.

O racismo embriaga-se do poder bélico das palavras ásperas, desagregadoras, inchadas com a ânsia voraz de fossilizar direitos fundamentais à vida.

Um dos principais aliados do racismo é a inércia sócio-política ovulando com uma renitente e resistente burocracia social.

O racismo no Brasil é uma tragédia coletiva e o genocídio de tantos e muitos jovens negros se transforma em higienização social. Quanto mais preto morto, mais branco fica o país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza.

A favela negra e pobre é nosso contemporâneo navio negreiro. Populações periféricas e escravizadas.

Uma crua reinterpretação dessas terras “descobertas” por Pedro Álvares Cabral, o fidalgo, comandante militar, navegador e explorador português.

O racismo é um camaleão poliglota recompõe-se facilmente, reinventa-se continuadamente, transformado a nossa magnânima história em uma reles geografia de violência.

Quais são as políticas sacramentadas de curto, médio e longo prazos para o enfrentamento ao racismo no Brasil.

Fonte:- Site – revistaafricas.com.br /Ademir JesusPostado /2MARX, Karl e ENGELS, Friedrich – A ideologia alemã – BACKES, Marcelo (org. e trad.) Ed Civilização Brasileira, RJ, 2007, p 401
3http://www.viomundo.com.br/denuncias/altamiro-borges-grileiro-da-cutrale-e-laranjas-da-midia.html/
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=6&id_noticia=126745
4Pedra e Bala (ou Os Sertões) – Cordel do fogo Encantado
*Odair Rodriguese é militante do PCdoB, linguista, professor e fotógrafo
odiario.com -

sábado, 28 de janeiro de 2012

NOSSA HISTORIA:AS GUERREIRAS NEGRAS

Baseados em mitos e episódios históricos a saga das mulheres africanas e afro-descendentes que mantêm em comum o laço de soberania real e espiritual sobre seus povos - ao estabelecer um elo imaginário de ascendência e descendência com as guerreiras africanas.


história de rainhas africanas, guerreiras, sacerdotisaS e outras, onde cada uma em seu tempo comandaram impérios, irmandades, comunidades de terreiro mostrando ao mundo durante todo esses quase 10 mil anos de existência da humanidade a força, a garra e a beleza da Mulher Negra.

Do grande continente africano traz não só a origem, mas também toda uma crença ancestral que exalta a figura feminina como a grande provedora que principiou a vida do Homem.
Um desses mitos conta que no início de tudo, ligadas às origens da Terra, havia as Mães Feiticeiras. Donas do destino da humanidade, elas eram o ventre do mundo. Conhecedoras dos segredos da vida tinham em si a capacidade de manipular os opostos e, assim, manter o equilíbrio do universo. Traziam consigo a força criadora e criativa do planeta. Raízes de um misticismo que abrigava em sua sabedoria a dualidade do cosmos eram donas do poder sobre a vida e a morte, o bem o mal, o amor e a cólera, o princípio e o fim.

As primeiras rainhas


Do mito à história, através do exemplo de grandes rainhas da Antigüidade, exaltamos o comando de mulheres negras sobre seus povos. Assim, evocamos a primeira rainha:

HATSHEPSUT (1503 -1482 antes de Cristo)

A Rainha mais habilidosa de uma Antiguidade distante, Hatshepsut subiu ao poder depois que seu pai, Thutmose I, que estava com paralisia. Ele designou Hatshepsut como sua principal ajudante e herdeira para o trono. Enquanto vários rivais masculinos buscavam o poder, Hatshepsut resistiu aos desafios deles para permanecer líder daquela que era até então a principal nação do mundo. Para ajudar a aumentar sua popularidade com o povo do Egito, Hatshepsut teve vários templos espetaculares e pirâmides erguidas. Algumas das altíssimas estruturas ainda hoje permanecem como uma lembrança da primeira governante real de uma nação civilizada. Ela realmente foi "A Rainha mais Habilidosa de uma Antiguidade Distante" e permaneceu assim durante trinta e três anos.

TIYE - A Rainha Núbia do Egito (1415 - 1340 antes de Cristo)

Uma mulher sábia e bonita de Núbia capturou o coração do faraó, e assim ela mudou o curso da história. Amenhotep III, jovem dirigente egípcio, foi tão levado pela beleza, intelecto e vontade de Tiye, que ele desafiou os sacerdotes e os costumes de sua nação, proclamando esta, cidadã de Núbia como sua cônjuge real. Ele expressou publicamente de várias maneiras seu amor por sua linda rainha negra, fazendo dela uma pessoa célebre e rica em seus próprios direitos. Ele tomava vários conselhos dela em assuntos políticos e militares e depois declarou que, como ele tinha a tratado em vida, assim ela deveria ser descrita na morte, a sua igualdade.

NEFERTARI- Rainha Núbia de Egito (1292 - 1225 antes de Cristo)

Uma das muitas grandiosas rainhas da Núbia, Nefertari é anunciada como a rainha que se casou para a paz. O matrimônio dela com o Rei Ramesés II do Egito, um dos últimos grandes faraós egípcios, começou estritamente como um movimento político, com o poder sendo compartilhado entre dois líderes. Isso não só se transformou em um dos maiores casos de amor na realeza da história, mas colocou um fim na guerra dos 100 anos entre Núbia e Egito. Mesmo até hoje, um monumento permanece em honra da Rainha Nefertari. Na realidade, o templo que Ramesés construiu para ela em Abu Simbel, é uma das maiores e mais belas estruturas construídas para honrar uma esposa e celebrar paz.

A Rainha Amamishaketeu capitulo a parte:.


A rainha Amanirenas reinou na cidade Meroé e quando o imperador romano Augustus tentou impor um imposto aos cushitas, Amanirenas e seu filho Akinidad, realizaram um ataque violento a um forte romano na cidade Asuan. Augustus mandou as tropas romanas; comandadas pelo general Peroneus, retaliaram, mas, encontraram uma forte resistência de Amanirenas comandando as tropas que derrotou os romanos e os obrigaram a negociar a paz. Os cushitas detiveram o avanço dos romanos na África, e colocaram um busto de César Augustus enterrado debaixo de uma entrada em um templo. Nesta maneira, todos que entraram pisariam em sua cabeça.



A Rainha Amamishakete e seu companheiro.

A rainha Amanirenas era alta, muito forte e cega de um olho; venceu as tropas romanas no ano 23 a.C., obrigando Roma a trocar embaixadores e fecharam um acordo, onde Roma devolveu um território cushita, anteriormente pago em imposto. Outras rainhas também enfrentaram as tropas romanas.
O exército africano de Cush derrotou inimigos egípcios, gregos e romanos.
A civilização de Cush, com seu alfabeto, comércio e triunfos arquitetônicos é considerada por alguns estudiosos, como superior às civilizações mais desenvolvidas do mundo antigo.

MAKEDA- Rainha de Sheba (ou Sabá) (960 A.C.)

Ela deu para o rei 120 talentos de ouro, variados temperos e pedras preciosas; lá não chegou mais nenhuma abundância de temperos como estes que a Rainha de Sheba deu ao Rei Salomão ". (Reis, 10:10) A passagem Bíblica recorre aos presentes que Makeda apresentou ao Rei Salomão de Israel em sua famosa viagem para visitar o monarca de Judá. Mas o presente de Makeda para Solomon se estendeu além de objetos materiais; ela também lhe deu um filho, Menelik I. A notável semelhança do menino com o avô (o grande Rei Davi) incitou Salomão a re-batizar Menelik. Salomão mais tarde re-nomeou seu filho como seu próprio pai, o Rei Davi.


NEFERTITI

No século 14 antes de Cristo, Nefertiti reinou no Egito por mais de uma década durante o apogeu de uma civilização que influenciou toda a humanidade. Reverenciada por sua beleza, governou ao lado de Amenófis IV (Akhenaton) com status equivalente ao dele. Juntos, implementaram reformas culturais e religiosas, dentre elas o culto ao Deus Sol Aton. Foi imortalizada em templos mais do que qualquer outra rainha egípcia.

CLEÓPATRA VI I- Rainha do Egito (69 - 30 antes de Cristo)

A mais famosa das sete matriarcas com este nome, Cleópatra subiu ao trono aos dezessete anos. A jovem rainha é freqüentemente retratada de forma errada como uma caucasiana (raça branca), porém ela tinha descendência grega e africana. Dominando vários idiomas diferentes e vários dialetos africanos, ela foi um importante instrumento além das fronteiras do Egito. Esforçou-se para dar ao Egito a supremacia mundial, Cleópatra recrutou os serviços militares de dois grandes líderes romanos. Ela persuadiu Júlio César e, depois, Marco Antônio para renunciar as submissões romanas deles para lutar em nome do Egito. Porém, cada um conheceu a morte assim que os sonhos de conquistas de Cleópatra se realizaram. Desanimada, Cleópatra se matou, colocando um fim na vida da rainha africana.

NZINGA - Rainha Amazona de Matamba, África Ocidental (1582 - 1663)

Muitas mulheres estiveram entre as grandes dirigentes da África, inclusive esta rainha angolana que era uma astuta diplomata e se sobressaiu bem como líder militar. Quando os escravizadores portugueses atacaram o exército do reino de seu irmão, Nzinga foi enviada para negociar a paz. Com habilidade surpreendente e tato político ela se impôs, apesar do fato de seu irmão ter matado uma criança dela. Mais tarde ela formou seu próprio exército contra os portugueses, e empreendeu uma guerra durante quase trinta anos. Estas batalhas viram um momento sem igual na história colonial quando Nzinga aliou sua nação aos os holandeses, fazendo assim a primeira aliança européia africana contra um opressor europeu. Nzinga continuou com sua considerável influência entre seus assuntos, apesar de estar em exílio forçado. Por causa de seu apelo pela liberdade e seu direcionamento para trazer a paz ao seu povo, Nzinga permanece como um forte símbolo de inspiração, além de ter sido uma mulher a frente do seu tempo pois havia sido educada por padres e com isso sabia ler e escrever, fato raro na época.

NANDI- Rainha da Terra Zulu (1778 - 1826)

O ano era 1786. O rei da terra Zulu era jubiloso. Sua esposa, Nandi, tinha dado luz a seu primeiro filho, que eles chamaram Shaka. Mas as outras esposas do Rei, que era ciumento e frio, o pressionaram a banir Nandi e o jovem menino em exílio. Firme e orgulhosa, ela criou seu filho com o tipo de treinamento e orientação que um herdeiro real deveria ter. Depois ela e seu filho foram finalmente recompensados e mais tarde Shaka retornou para se tornar o maior de todos os Reis Zulus. Até hoje o povo Zulu usa seu nome, "Nandi”, para se referir a uma mulher de alta estima.

NEHANDA - Guerreira do Zimbábue

Nascida em uma família religiosa, Nehanda exibiu liderança notável e habilidades organizacionais, e jovem se tornou uma das líderes religiosas mais influentes do Zimbábue. Quando os colonos ingleses invadiram o Zimbábue em 1896 e começaram a confiscar a terra e o gado, Nehanda e outros líderes declararam guerra. A princípio eles alcançaram grande sucesso, mas como os materiais se esgotaram, foram vencidos no campo de batalha. Nehanda foi capturada, culpada e executada por ordenar a matança de um notável e cruel chefe nativo. Apesar de estar morta por quase cem anos, Nehanda permanece o que ela era quando viva - a única pessoa mais importante na história moderna do Zimbábue, e ainda é chamada de Mbuya (avó) Nehanda por patriotas do Zimbábue.
Negras Guerreiras: Constância de Angola, Zacimba Gaba, Mariana Criola, Felipa Maria, Teresa Rainha, Sabrina da Cruz, Teresa de Quatiretê, Luiza Mahin, são alguns outros exemplos de comando e resistência que continuaram a florescer por outras eras e civilizações. Várias luas se ergueram e se puseram no céu do continente negro. Um dia, rainhas e princesas de tribos e reinos se viram obrigadas ao trabalho forçado no novo mundo. Mas foi ali que fizeram multiplicar o sangue de muitas guerreiras, tornando–se quilombolas. Em terras tão distantes, ligadas ao passado, mulheres negras geraram o valor da bravura herdada de suas ancestrais.

A palavra liberdade ganhou um significado mítico no Brasil, dando um novo sentido à vida levada entre a clausura e o trabalho forçado. Para elas, ser livre era também reverenciar seus costumes, reviver o passado soberano, encenar a memória dos seus antepassados. Em folguedos, foram eternizadas na glória real da corte negra. No novo continente, há o despertar para o misticismo trazido do outro lado do Atlântico. A construção da identidade africana no Brasil encontra nas celebrações e ritos toda uma reverência à mulher como mediadora entre os deuses e a humanidade.


Assim, tornaram-se as grandes mães negras como Mãe Menininha do Gantois(gantuá)e muitas outras sacerdotisas que exerceram o poder espiritual trazido de África por suas ancestrais no novo mundo.

Majestade, soberana, guardiã da sagrada chama da vida. Derrama teu talento ao interpretar a história da raça; enfeitiça os sentidos com tua beleza negra, libertando corpo e alma. Eleva-te ao panteon das matriarcas ancestrais da África e invoca a rainha dentro de ti. Resgata a força feminina das guerreiras imortais, Rainhas Mães de todos os tempos, para abençoar e iluminar teus filhos, emanando o Axé, força que permite a realização da vida: que assegura a existência dinâmica; que possibilita os acontecimentos e as trasformações.

FONTES:Guetto/www.starnews2001.com.br/www.afroasia.ufba.br/www.dogon.lobi.ch/www.casadasafricas.org.br/www.firmaproducoes.com/LOPES, Nei. Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana, São Paulo: Selo Negro, 2004/civilizacoesafricanas.blogspot.com.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Nossa Historia: Tia Ciata...

No futuro, quando se fizer uma história do Brasil honesta e sincera, é que se poderá dar o valor devido à etnia negra na formação do povo brasileiro, principalmente na constituição de seu perfil cultural.
Ainda está por ser feito o inventário da contribuição do negro na formação do povo brasileiro.

A pequena Africa Carioca...

No século XIX, com o desenvolvimento da cultura do café no Sudeste, se manteria o fluxo escravagista para o Rio de Janeiro, e muitos negros viriam do Nordeste para as plantações do vale do Paraíba como para trabalhar no interior paulista.

A Abolição engrossa o fluxo de baianos para o Rio de Janeiro, liberando os que se mantinham em Salvador em virtude de laços com escravos, fundando-se praticamente uma pequena diáspora baiana na capital do país, gente que terminaria por se identificar com a nova cidade onde nascem seus descendentes, e que, naqueles tempos de transição, desempenharia notável papel na reorganização do Rio de Janeiro popular, subalterno, em volta do cais e nas velhas casas do Centro.

Quase em paralelo com a chegada dos iorubanos, se instalaram na mesma região os ex-combatentes da recém-terminada campanha de Canudos.


Cerca de 10 mil soldados vieram para o Rio de Janeiro, sendo que muitos deles voltaram casados com mulheres baianas, com a promessa do Governo de ganhar casas na então capital federal e acabaram se instalando em caráter “provisório” nas encostas Morro da Providência, próximo desses bairros portuários e também da sede do então Ministério da Guerra.

Como as casas prometidas nunca saíram do papel, pelo Morro da Providência acabaram mesmo ficando.

Formaram ali uma comunidade que eles próprios denominaram de “favela”, referência a um morro que ficava nas proximidades de Canudos e que serviu de base e acampamento para os soldados republicanos.

Com o passar do tempo, a expressão “favela” acabou virando sinônimo de construções irregulares das classes menos favorecidas.

O grupo baiano iria situar-se na parte da cidade onde a moradia era mais barata, na Saúde, perto do cais do porto, onde os homens, como trabalhadores braçais, buscam vagas na estiva.


Com a brusca mudança no meio negro ocasionada pela Abolição, que extinguiu as organizações de nação ainda existentes no Rio de Janeiro, o grupo baiano tornar-se-ia uma nova liderança.

Muitos dos alforriados em Salvador ­trouxeram o aprendizado de ofícios urbanos, e às vezes algum dinheiro poupado.

Mas principalmente a experiência de liderança nos candomblés, irmandades, nas juntas ou na organização de grupos festeiros, seriam a garantia do negro no Rio de Janeiro.

A síntese dessa cultura negra do Rio de Janeiro, é uma das principais referências civilizatórias da moderna cultura nacional.

A luta pela independência , pelo fim da escravidão, do racismo, do genocídio e da exploração desenfreada da força de trabalho passavam pela afirmação sócio-existencial constituinte da identidade negra através da implantação e expansão do processo civilizatório negro-africano no Brasil.


Da comunidade terreiro, centro irradiador dos valores da tradição, se desdobravam formas de atuação frente à sociedade neocolonial que se constituia paralelamente.
Seguindo os passos de Oba Saniya e Bamboxê, Mãe Aninha ( Iya Oba Biyi) faria inúmeras viagens da Bahia para o Rio de Janeiro.

Oba Saniya e Bamboxê que também possuía o titulo de Balé Xango, estiveram no Rio de Janeiro por volta de 1886 e se instalaram no bairro da Saúde, plantando o axé de suas respectivas casas.

O terreiro fundado por Bamboxê, após seu retorno à Bahia, foi segundo contam, entregue ao renomado João Alaba, que continuaria a tradição.

No terreiro de João Alaba, Hilaria Batista de Almeida, Omo Oxum ( filha de oxum) conhecida por Tia Ciata, ocuparia o posto de Iyá Kekere ( Mãe Pequena).

A casa de João Alabá, de Omulu, dava continuidade a um candomblé nagô que havia sido iniciado na Saúde, talvez o primeiro do Rio de Janeiro, por Quimbambochê, ou Bambochê Obiticô.

Africano que chega a Salvador num negreiro na metade do século XIX, junto com a avó da Iyalorixá Senhora, onde se tornou, depois de alforriado por sua irmã de nação Marcelina, um influente babalaô.

A baiana Bebiana, irmã de santo da grande Ciata de Oxum, é figura central da primeira fase dos ranchos cariocas, ainda ligada ao ciclo do Natal, guardando em sua casa, no antigo largo de São Domingos, a lapinha, em frente à qual os cortejos iam evoluir no dia de Reis.


Entre as tias baianas que emigraram com tia Ciata, destacam-se tia Amélia (mãe de Donga), tia Presciliana de Santo Amaro (mãe de João da Baiana), tia Veridiana (mãe de Chico da Baiana).

Tia Bebiana e suas irmãs-de-santo, Mônica, Carmem do Xibuca, Ciata, Perciliana, Amélia e outras, que pertenciam ao terreiro de João Alabá, formam um dos núcleos principais de organização e influência sobre a comunidade.

Muitos nomes de negros valorosos haverão que ser lembrados, na constituição dos vários segmentos da cultura brasileira.

Tia Ciata nasceu em Salvador em 1854 e aos 22 anos levou o samba da Bahia para o Rio de Janeiro . Foi a mais famosa das tias baianas (na maioria iyalorixás do Candomblé que deixaram Salvador por causa das perseguições policiais) do início do século, eram negras baianas que foram para o Rio de Janeiro especialmente na última década do século 19 e na primeira do século 20 para morar na região da Cidade Nova, do Catumbi, Gamboa, Santo Cristo e arredores. Logo na chegada ao Rio de Janeiro, conheceu Noberto da Rocha Guimarães, envolvendo-se com ele, então, e acabou ficando grávida de sua primeira filha lhe dando o nome de Isabel. O caso dos dois não foi adiante. Ela acabou se separando de Noberto e, para sustentar a filha, começou a trabalhar como quituteira na Rua Sete de Setembro, sempre paramentada com suas vestes de baiana. Era na comida que ela expressava suas convicções religiosas, ou seja, a sua fé no candomblé. Religião proibida e perseguida naqueles tempos. Ia para o ponto de venda com sua roupa de baiana uma saia rodada e bem engomada, turbante e diversos colares (guias ou fio-de-contas) e pulseiras sempre na cor do orixá que iria homenagear. O tabuleiro era famoso e farto, repleto de bolos e manjares que faziam a alegria dos transeuntes de todas as classes sociais.


Mais tarde, Tia Ciata casou-se com João Batista da Silva, que para aquela época era um negro bem-sucedido na vida. Deste casamento resultaram 14 filhos, uma relação fundamental para a sua afirmação na Pequena África, como era conhecida a área da Praça Onze nesta época. Recebia todos os finais de semana em sua casa, nos pagodes, que eram festas dançantes, regadas a música da melhor qualidade e claro seus quitutes. Partideira reconhecida, cantava com autoridade respondendo aos refrões das festas, que se arrastavam por dias. Tia Ciata cuidava para que a comida estivesse sempre quente e saborosa e o samba nunca parasse.

Foi em sua casa que se reuniram os maiores compositores e malandros, como Donga, Sinhô e João da Baiana, para saraus. A hospitalidade dessas baianas fornecia a base para que os compositores pudessem desenvolver no Rio de Janeiro. A casa da Tia Ciata na Praça Onze era tradicional ponto de encontro de personagens do samba carioca, tanto que nos primeiros anos de desfile das escolas de samba, era "obrigatório" passar diante de sua casa.

Normalmente, a polícia perseguia estes encontros, mas Tia Ciata era famosa por seu lado curandeiro e foi justamente um investigador e chofer de polícia, conhecido como Bispo que proporcionou a ela uma interessante história envolvendo o presidente da República, Wenceslau Brás. O presidente estava adoentado em virtude de uma ferida na perna que os médicos não conseguiam curar e este investigador então disse ao então Presidente que Tia Ciata poderia curá-lo. Feito isto, foi falar com ela, dizendo:

- "Ele é um homem, um senhor do bem. Ele é o criador desse negócio da Lei de um dia não trabalha..."

E ela respondeu:

- "Quem precisa de caridade que venha cá."

Ela então incorporou um Orixá que disse aos presentes haver cura para a tal ferida e recomendou a Wenceslau Brás que fizesse uma pasta feita de ervas que deveria ser colocada por três dias seguidos. O Presidente ficou bom e em troca ofereceu a realização de qualquer pedido. Tia Ciata respondeu que não precisava de nada, mas que seu marido sim, pedindo para o Presidente um trabalho no serviço público, "pois minha família é numerosa", explicou ela.


Além dos doces, Tia Ciata alugava as roupas de baiana para os teatros para que fossem usados como figurinos de peça e para o Carnaval dos clubes. Nesta época, mesmo os homens, se vestiam com as suas fantasias, se divertindo nos blocos de rua. Com este comércio, muita gente da Zona Sul da cidade, da alta sociedade, ia à casa da baiana e passando assim a freqüentar as suas festas. Era nessas festas que Tia Ciata passou a dar consultas com seus orixás. Sua casa é uma referência na história do samba, do candomblé e da cidade.

Em 1910, morre seu marido João Batista da Silva, mas ela já havia conquistado o seu lugar de estrela no universo do samba carioca. Era respeitada na cidade, coisa de cidadão, muito longe da realidade comum dos negros de sua época. Todo o ano, durante o Carnaval, armava uma barraca na Praça Onze, reunindo desde trabalhadores até a fina flor da malandragem. Na barraca eram lançadas as músicas, as conhecidas marchinhas, que ficariam famosas no Carnaval do Rio de Janeiro. Tia Ciata morreu em 1924, mas até hoje é parte fundamental da memória do samba. Curiosamente, existem pouquíssimas imagens de Tia Ciata. Tia Ciata era uma mulher muito respeitada.

Extraordinária Mulher, Hilária Batista de Almeida a mais popular das Tias Baianas da Praça Onze, Organizava Saraus concorridíssimos na sua casa, na rua Visconde de Itauna 117 onde tocavam, cantavam e dançavam o Miudinho, que sempre foi muito lembrado e comentado por Paulinho da Viola. A Casa da Tia Ciata era freqüentada por Pixinguinha, Donga, Heitor dos Prazeres, Mário de Almeida Sinhô e toda uma Turma que acompanhava estes mestres, onde haviam muitos malandros, e que pela força Divina da Nossa Música Brasileira nunca houve problemas registrados, estragando esta linda História do surgimento e florescimento inicial do Samba no Rio de Janeiro. Um Tempo Heróico e uma gente Inspirada, que tanto elevam e honram a nossa Cultura Musical, dando orgulho de ser Brasileiro e do Samba, porque quem não gosta do Samba, bom sujeito não é.

Fonte:enciclopédia livre/www.flogao.com.br/czeiger.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Fórum Social Mundial já começou aprevisão e de reunir 40 mil em Porto Alegre.

Em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo, de 24 a 29 de janeiro, a atração recebe o nome de Fórum Social Temático (FST), cujo tema é “Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental”. São esperados 40 mil participantes nas 900 atividades realizadas nas quatro cidades.



"Entendo o Fórum Social como uma oportunidade para que pessoas e organismos dedicados à inovação social possam se encontrar, debater e criar redes. Estou convencido de que os movimentos dos `Indignados` e `Occupy` podem trazer uma visão atualizada sobre medidas de ação e organização em rede", disse à AFP Domenico de Siena, que participou do movimento na Espanha que ocupou grandes praças em protesto contra a crise financeira e as soluções de austeridade do governo do país.

Ao contrário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que marcou presença durante vários anos em Davos, Dilma deverá se ausentar do encontro suíço.

Os dois eventos discutirão a crise mundial e, embora as propostas de solução sejam diametralmente opostas, Davos incorporou em seus debates alguns dos princípios do altermundialismo, como uma taxa para as transações financeiras e o controle dos mercados financeiros.

O Fórum Social Mundial nasceu em 2001 em Porto Alegre, quando surpreendeu o mundo ao atrair 20.000 ativistas sob o lema "Outro Mundo é Possível", um grito unânime para rejeitar o mundo governado pelos senhores do capital.

A última edição do evento foi celebrada em 2011 em Dacar.

"O Fórum Social Mundial nasceu aqui, em Porto Alegre, há doze anos, para contestar a arrogância neoliberal do Fórum Econômico de Davos. Dissemos claramente que queríamos outro mundo. Agora, precisamos construir os caminhos, as alternativas", disse à AFP Candido Grzybowski, coordenador do fórum.

Ultimas agendas:
25/1/2012 | 14h09 - Brasil e Venezuela vão se unir para combater o crime organizado e o tráfico

25/1/2012 | 13h32 - Policiais rodoviários federais se capacitam para agir contra motoristas bêbados

25/1/2012 | 11h40
Rumores de mortes no Pinheirinho se multiplicam na internet

25/1/2012 | 11h18 - ONG abre processo para apurar abusos em Pinheirinho

25/1/2012 | 11h15 - Quinze atletas paraolímpicos vão receber ajuda da prefeitura do Rio para treinos

25/1/2012 | 10h40
Líder do MST compara desocupação à ação policial na fazenda da Cutrale

Confirmaram presença no evento a presidente Dilma Rousseff, o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, os sociólogos Boaventura de Sousa Santos, Emir Sader e Ignacio Ramonet, além dos músicos Fito Paez e Gilberto Gil.



Como de costume, o fórum traz ainda representantes de grandes movimentos sociais pelo mundo. Neste ano, participam do evento representantes dos estudantes do Chile, da Primavera Árabe, do Occupy Wall Street e dos Indignados da Espanha.

A edição 2012 traz como uma das prioridades a preparação para a Reunião dos Povos – encontro que os movimentos sociais celebrarão em paralelo ao Rio+20, conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que receberá chefes de Estado do mundo todo em junho, no Rio de Janeiro.

A presidente Dilma participa do fórum na quinta-feira (26) durante o evento “Diálogos entre Sociedade Civil e Governos”, onde serão abordados temas como a crise econômica, as políticas públicas de combate à pobreza e as diretrizes brasileiras para a conferência de junho. Com a participação, a presidente dá sequência à tradição de Luiz Inácio Lula da Silva, que esteve presente em todas as edições do evento no Brasil.




Já no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Dilma será representada pelos ministros das Relações Exteriores, Antônio Patriota, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.
Outras duas atrações do chamado Fórum Social Temático são o Fórum Mundial da Educação, o Fórum Social Temático da Saúde e Seguridade Social, e o Conexões Globais 2.0, todos em Porto Alegre.


fontes:noticias.uol.com.br/www.diariodepernambuco.com.br

Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...