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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Reis Africanos:Shaka Zulu (O GENERAL AFRICANO)

Shaka Zulu, às vezes escrito como Tshaka, Tchaka ou Chaka -1773 — 22 de setembro de
1828), foi um chefe tribal e estrategista militarque transformou os zulus de uma etnia com pouca expressão territorial em um império que ensombrou os desígnios coloniais britânicos.
"A história Shaka Zulu, líder africano que expandiu a nação zulu, num feito comparável a Alexandre o Grande, mas também terminou sua vida como ditador insano".

Origens e Infância - O potentado Zulu tem início com o reinado de Shaka, filho do chefe Senzanga Khoma, de um dos clãs mais fortes dos Zulus, que engravidara Nandi, uma mulher Lengani, que se tornou por isso sua terceira esposa. Mas ela era desagradável e pouco dócil, acabou sendo rejeitada junto com o filho, e voltou para os Lenganis, onde Shaka cresceu acalentando o sonho de se tornar Rei dos Zulus, e expandir o império.

"Filho orfão e ilegítimo de Senzanganakhona, chefe do clã zulu dos nguni, Shaka e a mãe foram banidos da suaumuzi (aldeia), e forçados a viver no exílio entre os mtetwa, na altura do reinado de Dingiswayo".

Ao atingir a puberdade, Shaka seguiu os costumes dos Mtetwa, e juntamente com os outros rapazes da sua idade (intanga), integrou o regimento isiCwe do exército de Dingiswayo. Shaka integrou-se bem na vida militar, e à medida que a sua fama pessoal e autoridade aumentava, introduziu alterações às tácticas anteriormente utilizadas.

Estrategia: Corpo+Braço+Cabeça...

Shaka Instituiu a técnica de combate “corpo-braços-cabeça”, em que o corpo era a grande concentração de tropas central, e a única que os inimigos podiam ver, os braços eram dois grupos de envolvimento rápido que atacavam pelos flancos, e a cabeça, um regimento que, nos dois primeiros estágios de qualquer batalha,uma das mudanças mais importantes foi o abandono das tácticas de combate "atacar e retirar", pelo combate corpo a corpo, perseguição do inimigo, e da aniquilação total do inimigo. Estas tácticas foram sendo adoptadas por outros clã dos Nguni. No início da década de 1810, contra os Buthelezi em 1810, e posteriormente contra os Nongoma em 1812, Shaka havia aperfeiçoado a implementação dos seus homens no campo de batalha numa formação de ataque em forma de lua, com as pontas denominadas izimpondo (cornos), e o centro de isifuba (peito), com a qual obteve grandes êxitos, e seria a formação de combate padrão dos zulus nos próximos noventa anos.

Em 1816 foi enviado por Dingiswayo, chefe dos mtetwa, e regressa do exílio, e
rapidamente se afirma rei dos zulus, eliminando todos que se lhe opunham. Um dos seus primeiros actos é constituir quatro regimentos, que são a origem do impi, nome pelo qual os exércitos zulus ficariam conhecidos. Os impis estavam armados com uma pequena lança, a assegai, um escudo de couro de boi, uma espécie de porrete que podia ser arremessado no inimigo com grande precisão e ainda o "cuspe de veneno", substância tóxica encontrada numa erva que era mastigada pelos guerreiros de Shaka, que a cuspiam no rosto dos inimigos durante os combates, causando grande irritação nos olhos. Apoiado neste impi, parte para nesse mesmo ano para atacar novamente os Buthelezi.

Em 1818 a sua atenção vira-se para os ndwandwe, que vence na batalha de Gqokli, de forma decisiva, apesar de a vantagem à partida não estar do seu lado. A mesma sorte tiveram outros clãs e tribos, contra quem os Zulus apontaram a sua máquina de guerra, numa expansão territorial que iria aumentar o território sob o seu controlo cerca de 12 vezes.

1824 seria um ano marcante na histórios dos Zulus: Shaka autorizou o estabelecimento de europeus (H.F. Fynn e Lt. Farewell, fundadores da Natal Trading Company) no seu território. Estes fundaram Port Natal, a actual cidade de Durban.

Se Liga: A decadencia de Shaka...
Shaka não tinha descendente que pudessem suceder-lhe, assim ficou obcecado com a idéia de envelhecer e morrer. Feiticeiros se aproveitaram desse início de loucura para explorá-lo com promessas de óleos milagrosos que proporcionavam a imortalidade.
O aparecimento dos primeiros cabelos brancos detonou um processo de loucura irreversível; a morte da mãe desencadeou uma onda de crueldade e perseguições terríveis, que abalaram toda a estrutura Zulu.

Começou por ordenar a morte de todas as mulheres a serviço de Nandi, a “mulher elefante”, que com ela compartilharam a tumba, e que, quase todas, eram mulheres de alguns dos seus melhores e mais confiáveis generais.

"A mortalidade gratuita espalhou-se pelo reino; qualquer pessoa, por rir, espirrar, tossir, se coçar, sentar, dormir, amamentar ou mesmo comer e beber, podia ser decapitado, acusado de não demonstrar pesar pela morte da mãe de Shaka".

Turbas frenéticas e assassinas corriam por todo o reino, para ver se alguém deixava de honrar Nandi. Os últimos meses de 1827 ficaram conhecidos entre os Zulus, como o tempo

das trevas de Shaka.

Conspiração e Morte - Com o caos instituído no reino, M'Kabay, irmã do pai de Shaka e dois meio irmãos dele, Dingane e M'Halangana, junto com alguns comandantes militares, conspiraram e planejaram o assassinato do grande chefe Zulu.
No dia 22 de Setembro de 1828, vários conspiradores se reuniram, foram ao Kraal de Shaka, e sem que este pudesse esboçar um gesto de defesa, lhe espetaram fundo e por diversas vezes as mortais azagaias pelos seus meio-irmãos Dingane e Mhalangana, sucedendo-lhe Dingane. 


Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte:https://pt.wikipedia.org\www.publistorm.com/

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