UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Pensando a atitude Racista, Impunidade e oportunismo: - Coitado do Macaco...

O futebol é um esporte diferente de outros principalmente no Brasil, não só pela sua adesão de grande parte dos brasileiros, mas por ser considerado o esporte nacional em que uma série de significações imaginárias sociais são depositadas. É um espaço de lazer, de economia e política, mas também da elaboração de símbolos, identidades, discussões e de uma sociabilidade. Milhares de pessoas no Brasil jogam ou torcem por seus times, depositando afetos em seus times de futebol. Há uma indústria do entretenimento que no Brasil praticamente se sustenta pelo futebol: canais de televisão, revistas, jornais, fabricantes de roupas e calçados esportivos, etc.. Atualmente o futebol tornou-se uma esfera tão rica para os estudos da história, da sociologia e também para o direito, pois ele se entrelaça com a sociedade brasileira.

O futebol tem questões que são discutidas em um judiciário especializado, com uma hierarquização e burocratização semelhantes às do Judiciário. A justiça desportiva é uma justiça toda especial, no qual as disputas, os problemas e mesmo os crimes relativos ao futebol são discutidos. Porém, trata-se de uma esfera que não é propriamente judicial, uma vez que está na esfera administrativa e seus órgãos não são estatais. É muito possível que em um futuro próximo a justiça desportiva venha a ser incorporada como uma esfera do judiciário especial, assim como decorreu com a justiça do trabalho. Isso dependerá da crescente importância dessa esfera e o agigantamento das questões que serão levadas à justiça esportiva.

As desigualdades são entendidas como discriminação racial quando se encontram e se comprovam mecanismos causais que operam na esfera individual e social e que possam ser retraçados ou reduzidos à ideia de raça. Assim, grupos considerados superiores obtêm privilégios em relação aos outros grupos, considerados inferiores.

A atitude contra o racismo de Daniel Alves, que comeu uma banana atirada por torcedores do Villarreal durante a partida contra o Barcelona, no último domingo, repercutiu em todo o mundo, nesta segunda-feira, 28. O ex-zagueiro do Democrata GV, Rodrigão, que curte férias em sua cidade Natal - Santos - após conquistar o acesso ao Módulo I do Campeonato Mineiro com a Pantera, elogiou a coragem do brasileiro.

"A declaração do Daniel Alves fez apois comer a banana e que foi importante: Há 11 anos convive com o racismo na Espanha. A hora passou da Fifa e da Uefa acordarem. E enfrentarem o preconceito no milionário campeão mundial de futebol…"

Se liga:
Caso você ainda não saiba: a hashtag #somosotodosmacacos, do Neymar, surgiu por conta de uma ação de marketing de uma agência de publicidade em São Paulo. Terrível, né? Pior ainda é o Luciano Huck, que notodo mundo achou oportunista, pra dizer o mínimo, ;o que é uma pena pois Neymar um atetla NEGRO ele poderia de verdade usar sua imagem de forma positiva conta o racismo.

 No dia seguinte ao episódio de racismo contra o Daniel Alves, já estava vendendo uma camiseta com estampa de banana. Não à toa.

comparação entre negros e macacos é racista em sua essência. No entanto muitos não compreendem a gravidade da utilização da figura do macaco como uma ofensa, um insulto aos negros e não Neymar. Não somos todos macacos. Ao menos não para efeito de fazer uso dessa expressão de ideia oca como ferramenta combate ao racismo ou pra tirar proveito pessoal, banana não serve como símbolo de luta contra o racismo. Ao contrário, o reafirma na medida em que relaciona o alvo a um macaco e principalmente na medida em que simplifica, desqualifica e pior, humoriza o debate sobre racismo no Brasil e no mundo.

O racismo é algo muito sério. Este postura e reação despolitizadas e alienantes de esportistas, artistas, formadores de opinião e governantes sem noção e que não sabem o real

significado do racismo e o que gera dentro e fora do campo de futebol até o genocídio negro que continua em todo o mundo.

O racismo no Brasil, enquanto uma construção sócio-histórica, traz consigo o preconceito e a discriminação racial, acarretando prejuízos à população negra nas diferentes fases do ciclo de vida, independente da camada social e da região de moradia. Reforça-se pela linguagem comum, mantém-se e alimenta-se pela tradição e pela cultura, ao mesmo tempo em que influencia a vida, a forma como as instituições se organizam e as relações interpessoais

No Brasil 2 exemplos   dentro e fora do futebol e da grande mídia e do Rio de Janeiro.

O linchamento:
Aos gritos de “mata logo” e de vários xingamentos, o espancamento aconteceu às margens da BR 101, na tarde do último domingo, no bairro de Vista da Serra II, cidade de Serra, a cerca de 30 km da capital Vitória, no Espírito Santo. Só depois de duas horas de muita violência, a Polícia Militar chegou ao local, colocou o jovem na viatura e o levou até a Unidade de Pronto Atendimento. “Os policiais militares descreveram no boletim de ocorrência que foi necessário utilizar spray de pimenta para conter os populares”, disse o delegado-chefe do DPJ, Ludogério Ralff.

O linchamento foi causado por acusações controversas. Alguns disseram que o jovem teria tentado estuprar uma mulher. Outros que ele seria suspeito de tentar roubar uma moto e abusar de uma criança de 10 anos. Tudo ocorreu no domingo, mas até esta quarta-feira, dia em que Alailton foi enterrado, não havia qualquer denúncia ou relato de testemunhas, segundo a Polícia Civil.

O irmão contesta as acusações e diz que o adolescente sofria de problemas mentais: “Ele chamou a menina, ela se assustou e correu para chamar a família. Os familiares e vizinhos correram atrás dele. Por isso as pessoas falaram que ele era estuprador. Se ele quisesse roubar uma moto, teria feito no próprio bairro, mas ele nem sabe pilotar”.
O morador Uelder Santos, 29, em entrevista para um jornal também colocou as acusações sob suspeita: “Ninguém viu esse tal estupro ou mesmo noticias da suposta vítima”.

Em entrevista a um jornal, a mãe de Alailton, a doméstica Diva Suterio Ferreira, 46, disse que o filho teria sido vítima de uma injustiça: “Ele já foi preso por furto, usava droga, mas não estuprou ninguém, jamais faria isso”.
- Cristã, disse que se apega a Deus para socorrê-la nesse momento difícil: “Meu filho era amado, sonhava em me dar uma casa. Dizia que queria um quarto para ele, um para mim e um para irmã. Minha filha, de 11 anos, só chora, tem medo de sair à rua depois do que aconteceu. Acredito na justiça divina. Peço que essas pessoas peçam perdão a Deus pelo que fizeram ao meu filho”.

A morte do dançarino: O dançarino DG, morto na favela Pavão-Pavãozinho, em Copacabana.

Sinais de morte por queda, diz polícia
De acordo com a 13ª DP (Ipanema), onde o caso foi registrado, as circunstâncias da morte de Douglas estão sendo investigadas. O laudo preliminar da perícia apontou que as escoriação são compatíveis com morte ocasionada por queda. Equipes da delegacia estiveram no local. Testemunhas e moradores estão sendo chamados para depor.

"Ele morreu à 1h com marca de espancamento. Mais de 12 horas depois a gente conseguiu ver o corpo. Estava em posição de defesa, todo machucado. Ele não tem marca de tiros", disse a mãe, técnica de enfermagem Maria de Fátima da Silva, contando que DG mora com ela na Rua Barata Ribeiro, em Copacabana, e tinha ido à favela visitar a filha, de 4 anos.

Moradores acusam policiais
Moradores acusam policiais de terem confundido DG com traficantes e o espancado até a morte. Uma manifestação tomou as ruas de Copacabana e Ipanema, no entorno da comunidade Pavão-Pavãozinho, na Zona Sul do Rio, por volta das 18h desta terça-feira. Barricadas foram montadas com fogo, houve depredação e tiros e bombas foram ouvidos.

Um homem, identificado como Edilson da Silva dos Santos, 27 anos, nascido em Minas
Gerais,morreu ao ser atingido por uma bala na cabeça. Segundo o relato de vários moradores ao G1, um menino de 12 anos, conhecido como Mateus, também teria sido baleado, na Ladeira Saint-Romain, esquina da Rua Sá Ferreira. Secretaria de Saúde e Polícia Civil, no entanto, não confirmaram a informação, e familiares da suposta vítima não foram encontrados.

Pra começar certamente o Esquenta é o programa com o maior percentual de negros da TV aberta. Enquanto as novelas, seriados e telejornais são predominantemente caucasianos, quem manda ali são os negros e pardos e em nenhum momento estou criticando a contribuição da Regina Case na juventude de periferia e seu trabalho social não e essa a questão:
O programa reforça o estereótipo dos negros brasileiros como indivíduos suburbanos, subempregados, mas ainda assim felizes, sempre com um sorriso no rosto, esquecendo-se das mazelas cotidianas por meio da dança, do remelexo, das rimas pobres do funk, do penteados e cortes de cabelo extravagantes.

A desonestidade intelectual, ainda mais quando travestida da mais descarada e orquestrada hipocrisia na abordagem de um problema vetusto no Brasil: a morte de a violência nas favelas, oriunda do tráfico de drogas sim mais também do racismo institucional e de policiais pouco ou nada preparados para intervenção em comunidade. esta realidade e vivida por varias Claudias que teve a sorte ou trajaria de ser filmada ou seria apenas mais uma estatística, Amarildos e muitos outros e a estatística, apenas um numero..

"E ai garotada negra e parda da periferia: “É isso, dancem, cantem, divirtam-se. Mas não
saiam do seu lugar”.

O racismo cotidiano a que estão submetidos negros e negras poderia ser entendido aqui a partir da imagem de uma bola de aço amarrada no calcanhar de alguém que desesperadamente tenta fugir de um leão faminto e ainda continua viva em muitas repartições e vivências, mas não deve ser motivo para intimidar a luta que continuamente fortalece os povos discriminados. Infelizmente existe gente que julga um outro ser humano pela cor de sua pele...
Negar a existência do conflito entre brancos e negros, as elites é negam também o antagonismo entre as classes. Inversamente, a resposta da esquerda à direita tem sido negar o antagonismo racial, como se o resgate da identidade negra não fosse um elemento revolucionário, na medida em que a negritude está relacionada a pobreza e à opressão. Na medida em que há um reconhecimento e um resgate dessa identidade racial, ela está carregada também de uma identidade de classe no tripé preto/a-pobre-trabalhador/a.

Zumbi dos Palmares e sim o nosso exemplo, nunca desistiu, possa renascer a esperança de um novo dia, a fé nos horizontes da alma e força para lutar por uma vida digna, através de uma educação de qualidade e busca constante de reconhecimento. Não ter vergonha de mostrar sua cultura, suas tradições, sua beleza e suas capacidades.

  A condição negra – os últimos da fila depois de ninguém – pode(ria) ser o ‘lugar’ de onde
gestar um projeto de sociedade que questione não apenas o modelo capitalista de organização social, mas também o modelo de resistência a ele porque tal modelo tem deixado de fora das suas prioridades as bandeiras de lutas da nossa gente.
Tantos afro-descendentes se destacam como celebridades, pessoas importantes que se revelam no esporte, nas empresas, na política, na televisão, nos templos, nas escolas... A diferença existente é essencial para que as pessoas entendam que não são únicas e que o país pode crescer muito na diversidade de culturas, de vocabulários, de sonhos, de semblantes e de ideias.

Um afro abraço.
fonte:www.diariodocentrodomundo.com.br/https://br.noticias.yahoo.com/UNEGRO/negrobelchior.cartacapital.com.br/

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