UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

No dia 2 de fevereiro a umbanda está em festa pois é “Dia de Iemanjá“- a Rainha do Mar, sincretizada com “Nossa Senhora dos Navegantes” pela igreja católica.


O Brasil é orgulhoso do grande império de suas águas. Principalmente o mar, de todas as cores, matizes e luzes é o Grande Senhor da nossa costa, que penetrando por todos os lados desse imenso país, abraça nossa terra, em enseadas, golfos e baías.
Mas apesar de sua beleza, no mar há uma força maior, uma força que impera, que reina a Senhora absoluta de todas as águas, de tudo que vive na água e possa viver. Há sim, uma força que ordena e não pede, que manda e que decide sobre o vida dos pescadores, de todos que se aventurarem a entrar em seu território e de todos aqueles que têm vistas para alcançar o verde de seu mar.
Em cada canto desses mares, nas ondas dos surfistas, nas praias, nas cabanas dos pescadores, nos altos desses montes, Ela será sempre a Grande Senhora. Ninguém pode se atrever a dizer que não é vassalo servil do grande reino de Iemanjá . Porque de fato, Iemanjá é a Rainha das águas. A tranqüilidade na superfície do mar, ou a tempestade rugindo, as ondas quebrando-se sobre as embarcações ou sobre as praias, tudo é conduzido pela sua mão suprema.
Nada se altera, nada se faz ou se transforma, sem que seja sua vontade. Iemanjá de tantos poderes, de tantos nomes e tantos filhos, sempre foi exaltada por negros e brancos e seu culto se verifica de norte a sul no Brasil.

MITOLOGIA

LENDA (Arthur Ramos)
Com o casamento de Obatalá, o Céu, com Odudua, a Terra, que se iniciam as peripécias dos deuses africanos. Dessa união nasceram Aganju, a Terra, e Iemanjá (yeye ma ajá = mãe cujos filhos são peixes), a Água. Como em outras antigas mitologias, a terra e a água se unem. Iemanjá desposa o seu irmão Aganju e tem um filho, Orungã.
Orungã, o Édipo africano, representante de um motivo universal, apaixona-se por sua mãe, que procura fugir de seus ímpetos arrebatados. Mas Orungã não pode renunciar àquela paixão insopitável. Aproveita-se, certo dia, da ausência de Aganju, o pai, e decide-se a violentar Iemanjá . Essa foge e põe-se a correr, perseguida por Orungã. Ia esse quase alcançá-la quando Iemanjá cai no chão, de costas e morre. Imediatamente seu corpo começa a dilatar-se. Dos enormes seios brotaram duas correntes de água que se reúnem mais adiante até formar um grande lago. E do ventre desmesurado, que se rompe, nascem os seguintes deuses: Dadá, deus dos vegetais; Xango, deus do trovão; Ogum, deus do ferro e da guerra; Olokum, deus do mar; Oloxá, deusa dos lagos; Oiá, deusa do rio Niger; Oxum, deusa do rio Oxum; Obá, deusa do rio Obá; Orixá Okô, deusa da agricultura; Oxóssi, deus dos caçadores; Oké, deus dos montes; Ajê Xaluga, deus da riqueza; Xapanã (Shankpannã), deus da varíola; Orum, o Sol; Oxu, a Lua.
Os orixás que sobreviveram no Brasil foram: Obatalá (Oxalá), Iemanjá (por extensão, outras deusas-mães) e Xango (por extensão, os outros orixás fálicos).
Com Iemanjá , vieram mais dois orixás yorubanos, Oxum e Anamburucu (Nanamburucu). Em nosso país houve uma forte confluência mítica: com as Deusas-Mães, sereias do paganismo supérstite europeu, as Nossas Senhoras católicas, as iaras ameríndias.
A Lenda tem um simbolismo muito significativo, contando-nos que da reunião de Obatalá e Odudua (fundaram o Aiê, o “mundo em forma”), surgiu uma poderosa energia, ligada desde o princípio ao elemento líquido. Esse Poder ficou conhecido pelo nome de Iemanjá
Durante os milhões de anos que se seguiram, antigas e novas divindades foram unindo-se à famosa Orixá das águas, como foi o caso de Omolu, que era filho de Nanã, mas foi criado por Iemanjá .
Antes disso, Iemanjá dedicava-se à criação de peixes e ornamentos aquáticos, vivendo em um rio que levava seu nome e banhava as terras da nação de Egbá.
Quando convocada pelos soberanos, Iemanjá foi até o rio Ogun e de lá partiu para o centro de Aiê para receber seu emblema de autoridade: o abebé (leque prateado em forma de peixe com o cabo a partir da cauda), uma insígnia real que lhe conferiu amplo poder de atuar sobre todos os rios, mares, e oceanos e também dos leitos onde as massas de águas se assentam e se acomodam.
Obatalá e Odudua, seus pais, estavam presentes no cerimonial e orgulhosos pela força e vigor da filha, ofereceram para a nova Majestade das Águas, uma jóia de significativo valor: a Lua, um corpo celeste de existência solitária que buscava companhia. Agradecida aos pais, Iemanjá nunca mais retirou de seu dedo mínimo o mágico e resplandecente adorno de quatro faces. A Lua, por sua vez, adorou a companhia real, mas continuou seu caminho, ora crescente, ora minguante…, mas sempre cheia de amor para ofertar.
A bondosa mãe Iemanjá , adorava dar presentes e ofereceu para Oiá o rio Níger com sua embocadura de nove vertentes; para Oxum, dona das minas de ouro, deu o rio Oxum; para Ogum o direito de fazer encantamentos em todas as praias, rios e lagos, apelidando-o de Ogum-Beira-mar, Ogum-Sete-ondas entre outros.
Muitos foram os lagos e rios presenteados pela mãe Iemanjá a seus filhos, mas quanto mais ofertava, mais recebia de volta. Aqui se subtrai o ensinamento de que “é dando que se recebe”.

IEMANJÁ ABRASILEIRADA


Iemanjá , a Rainha do Mar e Mãe de quase todos os Orixás, é uma Deusa abrasileirada, sendo resultado da miscigenação de elementos europeus, ameríndios e africanos.
É um mito de poder aglutinador, reforçado pelos cultos de que é objeto no candomblé, principalmente na Bahia. É também considerada a Rainha das Bruxas e de tudo que vem do mar, assim como é protetora dos pescadores e marinheiros. Governa os poderes de regeneração e pode ser comparada à Deusa Ísis.
Os grandes seios ostentados por Iemanjá , deve-se à sua origem pela linha africana, aliás, ela já chegou ao Brasil como resultado da fusão de Kianda angolense (Deusa do Mar) e Iemanjá (Deusa dos Rios). Os cabelos longos e lisos prendem-se à sua linhagem ameríndia e é em homenagem à Iara dos tupis.
De acordo com cada região que a cultura recebe diversos nomes: Sereia do Mar, Princesa do Mar, Rainha do Mar, Inaê, Mucunã, Janaína. Sua identificação na liturgia católica é: Nossa Senhora de Candeias, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria.
Do mesmo modo que varia seu nome, variam também suas formas de culto. A sua festa na Bahia, por exemplo é realizada no dia 2 de fevereiro, dia de Nossa Senhora das Candeias. Mas já no Rio de Janeiro é dia 31 de dezembro que se realiza suas festividades. As oferendas também diferem, mais a maioria delas consiste em pequenos presentes tais como: pentes, velas, sabonetes, espelhos, flores, etc. Na celebração do Solstício de Verão, seus filhos devotos vão às praias vestidos de branco e entregam ao mar barcos carregados de flores e presentes. Às vezes ela aceita as oferendas, mas algumas vezes manda-as de volta. Ela leva consigo para o fundo do mar todos os nossos problemas, aflições e nos trás sobre as ondas a esperança de um futuro melhor.

A  palavra “Iemanjá” deriva de “Yeye omon edjá”, que quer dizer “Mãe dos peixinhos”.
É a Rainha das Águas, a mãe de todos os Orixás, representada com seios volumosos, que simbolizam a maternidade e a fecundidade.
Também é chamada de Inaê, Janaína, Princesa do Aiocá ou Arocá, Princesa do Mar, Sereia do Mar, Sereia Oloxum, Rainha do Mar e Dandalunda ou Dandalunga.
Iemanjá é uma orixá muito respeitada e cultuada. Por ser a mãe de quase todos osorixás também tem poderes sobre a fecundidade. É grande protetora dos pescadorese jangadeiros.

Ela é a entidade feminina mais respeitada do Candomblé e da Umbanda, sobretudo pelos pescadores, que a veneram como protetora, juntamente com Nossa Senhora de Santana. Deusa dos mares e oceanos, recebe, no seu dia, muitas oferendas, que são lançadas ao mar.
Muito vaidosa, gosta de receber presentes como: espelhos, pentes, braceletes, coroas, perfumes e flores.
É descrita como uma Sereia, metade mulher metade peixe. Está relacionada à cor azul ou azul e branco. Sua guia são colares e pulseiras de contas de cristal ou vidro transparente azul ou azul e branco. Suas flores: margaridas, rosas brancas e crisântemos brancos e azuis.
Seu local é o mar; seu dia da semana: sábado; e sua saudação: “Odôiá Iemanjá! Adôfeiabá” (= amada senhora do rio).
A festa de Iemanjá é uma manifestação de fé e esperança que reúne milhares de pessoas à beira do mar, onde todas se curvam em reverência à “Mãe dos Orixás”, com o mesmo objetivo: obter crescimento e proteção espiritual.
Muitas das pessoas acreditavam que as oferendas a Iemanjá trazem sorte para quem deseja começar bem o ano. Três rosas, moedas e perfume são os presentes mais comuns. O ato de molhar os pés na água salgada e pular sete ondas deve ser, segundo a crença, acompanhado por pedidos de abertura dos caminhos para o novo ano. De acordo com o Candomblé e a Umbanda, é muito importante não dar as costas para o mar após essa homenagem a Iemanjá.
No Brasil, a festa foi criada por volta de 1920. Nesse ano, em razão da pescaria fraca, uma colônia de pescadores da praia do Rio Vermelho, situada em um bairro de Salvador, resolveu recorrer à tradição da Umbanda e do Candomblé para pedir ajuda aos santos africanos trazidos à Bahia pelos escravos negros.
Os rituais ganharam fama dentro e fora do Brasil, atraindo milhares de turistas, devido, sobretudo, à beleza dos contos, das danças, das vestimentas e das oferendas colocadas em balaios enfeitados jogados ao mar por centenas de pessoas que fazem uma procissão em canoas e barcos de pesca.

Iemanjá sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes

No Brasil, tanto “Nossa Senhora dos Navegantes” como Iemanjá tem sua data festiva no dia 2 de fevereiro, quando costuma-se festejar o dia com uma grande procissão de barcos no mar.Existe um sincretismo entre a santa católica “Nossa Senhora dos Navegantes” e a orixá Iemanjá. Em alguns momentos, inclusive festas em homenagem as duas se fundem. 
A fé e a designação “Nossa Senhora dos Navegantes“, tem início no século XV, com a navegação dos europeus, especialmente com os portugueses.
As pessoas que viajavam pelo mar pediam proteção à Nossa Senhora para retornarem aos seus lares. Maria, mãe de Jesus; era vista como protetora das tempestades e demais perigos que o mar e os rios ofereciam.

Oração a Iemanjá

Oração no site 'Raízes Espirituais'

‘Salve Iemanjá - Rainha do Mar, mãe de todos os que navegam nos mares profundos e misteriosos da vida!
Confio em vossa proteção, assim como nas caboclas do mar, para serem nossas guias protetoras, e nos conforte durante as tempestades da vida atribulada que levamos.
Cobre e proteja a mim e toda minha família com vossa aura de prosperidade. Seja nossa guia,  nosso farol,  nossa estrela marinha divina para nos orientar, para que nunca nos falte rumo da rota segura que nos faça desviar dos obstáculos do mar agitado da vida material.
Limpa minha mente e deixa meu corpo sem os fluídos negativos que possam dificultar minhas atividades nos mares da vida. Assim seja. Saravá Iemanjá, Odoyá!’
Um afro abraço.
UNEGRO 25 ANOS DE LUTA.
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
fonte:quiosqueazul/pt.wikipedia.org/wiki/Iemanjá/ocandomble.wordpress.com


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ray Charles


Foi um pianista pioneiro e cantor de música soul que ajudou a definir o seu formato ainda no fim dos anos 50, além de um inovador intérprete de R&B.

Seu nome de nascimento por ser Ray Charles Robinson, foi encurtado para Ray Charles quando entrou na indústria do entretenimento para evitar confusão com o famoso boxeador Sugar Ray Robinson. Considerado um dos maiores gênios da música negra americana, Ray Charles também foi um dos responsáveis pela introdução de ritmo gospel nas músicas de R&B.
Foi eleito pela Rolling Stone o 2º maior cantor de todos os tempos e 10º maior artista da música de todos os tempos...

Era filho de Aretha Williams, que trabalhava numa serraria, e Bailey Robinson, um reparador de ferrovia, mecânico e biscateiro.Os dois nunca se casaram. A família mudou-se para Greenville, Flórida, quando Ray era um bebê. Bailey teve mais três famílias, Aretha cuidava da família sozinha.
Ray Charles não nasceu cego. Ele ficou totalmente cego aos sete anos de idade. Charles nunca soube exatamente por que perdeu a visão,apesar de existirem fontes que sugerem que sua cegueira era devido a glaucoma, enquanto outras fontes sugerem que Ray começou a perder a sua visão devido a uma infecção provocada por água com sabão nos seus olhos, que foi deixado sem tratamento. Frequentou a Escola para Cegos e Surdos de Santo Agostinho, em St. Augustine, Flórida. Aprendeu também a escrever música e tocar vários instrumentos musicais, mas o melhor e mais conhecido é o piano. Enquanto ele estava lá, a mãe dele morreu seguido por seu pai dois anos depois.


Órfão na adolescência, Ray Charles iniciou a sua carreira tocando piano e cantando em grupos de gospel, no final dos anos 40. A princípio influenciado por Nat King Cole, trocou o gospel por baladas profanas e, após assinar com a Atlantic Records em 1952, enveredou pelo R & B. Quando o rock & roll estourou com Elvis Presley em 1955, e cantores negros como Chuck Berry e Little Richard foram promovidos, Ray Charles aproveitou o espaço aberto na mídia e lançou sucessos como "I Got a Woman" (gravada depois por Elvis), "Talkin about You", "What I'd Say", "Litle girl of Mine", "Hit the Road Jack", entre outros, reunindo elementos de R & B e gospel nas músicas de uma forma que abriram caminho para a soul music dos anos 60, e tornando-o um astro reverenciado do pop negro.


A partir de então, embora sempre ligado ao soul, não se ateve a nenhum gênero musical negro específico: conviveu com o jazz, gravou baladas românticas chorosas e standards da canção americana. Entre seus sucessos históricos desta fase estão canções como "Unchain My Heart", "Ruby", "Cry Me a River", "Georgia on My Mind" e baladas country tais como "Sweet Memories", e seu maior sucesso comercial, "I Can't Stop Loving You", de 1962. Apesar de problemas com drogas que lhe prejudicaram a carreira, as interpretações de Ray Charles sempre foram apreciadas, não importando as músicas que cantasse. Uma "aura" de genialidade reconhecida acompanhou-o até o fim da vida e mais do que nos últimos álbuns que gravou, era nas suas apresentações ao vivo que o seu talento único podia ser apreciado. Um notório mulherengo, Ray Charles casou-se duas vezes e foi pai de doze filhos com sete diferentes mulheres. Sua primeira esposa foi Eileen Williams (casado em 1951, divorciado em 1952) deu-lhe um filho. Outros três filhos são de seu segundo casamento, em 1955, com Della Beatrice Howard (divorciaram-se em 1977). Sua namorada longo prazo e parceira no momento da sua morte era Norma Pinella.
Seus filhos são:
  • Evelyn Robinson (Louise Mitchell)
  • Ray Charles Robinson, Jr. (Della Robinson)
  • David Robinson (Della Robinson)
  • Charles Wayne Robinson (Margie Hendricks)
  • Reverend Robert Robinson (Della Robinson)
  • Raenee Robinson (Mae Mosely Lyles)
  • Sheila Raye Charles Robinson (Sandra Jean Betts)
  • Alicia Robinson (mãe desconhecida)
  • Alexandra Robinson (Chantal Bertrand)
  • Vincent Robinson (Arlette Kotchounian)
  • Robyn Robinson (Gloria Moffett)
  • Ryan Corey Robinson (Mary Anne den Bok)
Charles deu a cada um de seus 12 filhos US$ 1.000.000,00 sem impostos em 2004 um pouco antes de morrer.
Faleceu na idade de 73 anos, às 11h35 no dia 10 de junho de 2004 em sua casa de Beverly Hills, onde estava com seus familiares, vítima de uma doença no fígado. Foi enterrado no Cemitério Inglewood Park, localizado em Los Angeles na Califórnia.


Um afro abraço.
fonte:pt.wikipedia.org/

domingo, 27 de janeiro de 2013

Luto:O número de mortos em um incêndio na boate Kiss em Santa Maria, no centro do Rio Grande do Sul, chega a 245...

 PORTO ALEGRE - O número de mortos em um incêndio na boate Kiss em Santa Maria, no centro do Rio Grande do Sul, chega a 245, informou a Brigada Militar, em uma entrevista coletiva. Não há mais corpos no local. Um caminhão precisou realizar quatro viagens para retirar os corpos do local e levá-los até um ginásio.
Os corpos que foram possíveis de serem identificados por documentação serão apresentados a familiares. O ginásio da cidade está sendo liberado para velório coletivo. Outras 48 pessoas continuam hospitalizadas. Hospitais da região precisaram solicitar auxílio de profissionais para atendimento.
Essa já é considerada a maior tragédia do Estado. Antes, o incidente com maior número de mortos no Estado havia ocorrido em 28 de julho de 1950, quando um avião quadrimotor chocou-se contra o Morro do Chapéu, em Sapucaía do Sul.
Testemunhas afirmam que o fogo começou durante o show pirotécnico durante a apresentação de uma banda. O material de isolamento acústico do prédio - feito de espuma - incendiou e a fumaça intoxicou as vítimas.
Conforme os Bombeiros, as vítimas fatais morreram devido à inalação de fumaça tóxica. "A maior parte dessas pessoas morreu asfixiada. Elas entraram em pânico e acabaram pisoteando umas às outras. O principal fator (para as mortes) foi a asfixia. O isopor gera uma fumaça muito tóxica", afirmou o comandante geral dos Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido Pedroso de Melo.
Conforme um segurança que trabalhava na boate no momento do incêndio, entre mil e duas mil pessoas deveriam estar no local durante o incidente. A maioria era adolescente.

Alvará
O alvará do Plano de Prevenção de Combate a Incêndio da boate Kiss estava vencido desde agosto de 2012, segundo o comandante geral Guido Pedroso de Melo.
O governador do RS, Tarso Genro, confirmou, por meio de sua conta no Twitter, que se dirigirá a Santa Maria. "Domingo triste! Estamos tomando as medidas cabíveis e possíveis. Estarei em Santa Maria no final da manhã", escreveu o governador. A presidente Dilma Rousseff cancelou seus compromissos no Chile e viaja para Santa Maria ainda hoje.
fonte e foto:ttp://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

KING - O Homem que sonhava demais...


"Como é que um homem que um dia foi malhado pela direita hoje é celebrado como seu herói? A resposta parcial está no fato de que a direita mainstream moveu-se gradualmente para a esquerda desde a morte de King".



Há aproximadamente  40 anos, um tiro desfechado em Memphis, Tennessee (EUA), pretendia assassinar um sonho. Acertou apenas na vida biológica do homem que sonhava, mas seu sonho, qual vida des-governada e inebriada de fecundidade, explodiu em milhares e milhões de outros homens e mulheres que continuam sonhando o sonho que não morreu naquele dia.
 
Dia 4 de abril de 1968, o pastor batista de 39 anos preparava-se para uma marcha em favor dos direitos dos negros. Uma bala interrompeu sua vida, mas não seu sonho. Assim como sua vida desde muito jovem era movida pela força do sonho e alavancada pela u-topia que é o motor da história, assim também a bala assassina a atingiu, mas não a eliminou. O jovem Dr. Martin Luther King, sociólogo, doutor pela Universidade de Boston, incansável ativista político em prol dos direitos humanos, muito concretamente dos negros segregados de seu país, deixou de ser um personagem histórico para transformar-se num símbolo.
 
Relembrando...

Antes de ser líder, Martin Luther King foi discípulo. Aprendeu de outro mestre, Mahatma Gandhi, que na Índia dobrou o orgulhoso Império Britânico com suas idéias e ações de desobediência civil não-violenta. Mais imediatamente aprendeu com a grande mulher negra Rosa Parks, que com sua recusa em ceder o lugar no ônibus a passageiros brancos deflagrou um movimento anti-segregacionista do qual King foi se confirmando como líder. Ele aplicava as idéias de Gandhi e a firmeza permanente de Rosa Parks nos protestos organizados pelo CLCS. Sonhava alto e por isso não se contentava com ações rasteiras e envenenadas por ódio ou vinganças baratas. Com acertada estratégia previu que manifestações não-violentas contra o sistema de segregação predominante no sul dos EUA poderia criar uma opinião pública favorável ao cumprimento dos direitos civis. E essa foi a ação fundamental que fez do debate acerca dos direitos civis o principal assunto político nos EUA a partir do começo da década de 1960.
  

Provavelmente  nos Estados Unidos do que Martin Luther King Jr é um dois lideres mais importante de seu tempo. A mais leve crítica a ele ou mesmo a sugestão de que ele não merece um feriado nacional levam a acusações de racismo, fascismo e todo o resto dos insultos costumeiros da esquerda, não só dos esquerdistas, mas também de muita gente ostensivamente conservadora e libertária.

Isto é espantoso, porque durante os anos 50 e 60, a direita se opunha quase que unanimemente ao movimento por direitos civis. Ao contrário do que afirmam muitos neoconservadores, a oposição não se limitou à Sociedade John Birch e aos conservadores sulistas. Ela foi feita por políticos como Ronald Reagan* e Barry Goldwater e nas páginas da Modern Age, Human Events, National Review, e da Freeman.

Hoje, os movimentos conservador e libertário oficiais retratam King como alguém do nosso lado, que estaria combatendo Jesse Jackson e Al Sharpton se estivesse vivo. A maioria das publicações e sites conservadores trazem artigos, nesta época do ano, louvando King e discutindo como os líderes dos direitos civis de hoje estão traindo seu legado. The Triumph of Liberty [O triunfo da liberdade], de Jim Powell (que, exceto por isto, é excelente), coloca King próximo a Ludwig von Mises e Albert J. Nock como um herói libertário. Quem for a qualquer seminário do Instituto para Assuntos Humanos lerá Uma carta desde a cadeia de Birmingham como uma grande peça de sabedoria anti-racista. A Heritage Foundation tem palestras e simpósios regulares em honra a seu legado. Há quase meia dúzia de think tanks e fundações legais com nomes como "Centro para Oportunidades Iguais" e "Instituto Americano de Direitos Civis", que afirmam ter King como modelo.

Como é que um homem que um dia foi malhado pela direita hoje é celebrado como seu herói? A resposta parcial está no fato de que a direita mainstream moveu-se gradualmente para a esquerda desde a morte de King. O influxo de muitos intelectuais neoconservadores, muitos dos quais estiveram envolvidos no movimento por direitos civis, para o movimento conservador, também contribui para o fenômeno de King. Isto não explica todo o quadro, porque, em muitos assuntos, King estava muito à esquerda até dos neoconservadores e muitos admiradores de King até aderem a princípios como liberdade de associação e federalismo. A principal razão é que eles criaram um Martin Luther King Jr. todo a partir de apenas uma linha do discurso de "Eu tenho um sonho".

Neste artigo, tentarei desfazer os maiores mitos nos quais o movimento conservador incorre a respeito de King. Encontrei muitas das informações para este artigo em I May Not Get There With You: The True Martin Luther King [Talvez eu não chegue lá com vocês: o verdadeiro Martin Luther King], do esquerdista negro Michael Eric Dyson*. Dyson mostra que King apoiava o poder negro, reparações, ação afirmativa e o socialismo. Ele acredita que isto torna King ainda mais admirável. Ele também trata com franqueza de sua promiscuidade e plagiarismo, embora o desculpe. Se você não se importar em ler suas longas discussões sobre o gangsta rap* e coisas do gênero, eu recomendo vivamente este livro.

Mito # 1: King só queria direitos iguais e lutava  pela liderança dos direitos civis de hoje.
Este é provavelmente o mito mais repetido sobre King. Escrevendo na National Review Online, Matthew Spalding, da The Heritage Foundation, publicou um artigo chamado A mente conservadora de Martin Luther King, no qual afirma: "Uma agenda que advogue quotas, contagens raciais e preferências raciais em contratos do governo nos afastam da visão de King."

 Em seu livro Where Do We Go From Here.[Para onde vamos, a partir daqui, ele sugeriu que "Uma sociedade que fez algo de particular contra o negro durante centenas de anos deve agora fazer algo de particular por ele, para prepará-lo para competir em pé de igualdade." Para fazer isto, ele expressou apoio por quotas. Em uma entrevista de 1968 à Playboy, ele disse: "Se uma cidade tem uma população de 30% de negros, então é lógico supor que os negros deveriam ter pelo menos 30% dos empregos em qualquer companhia em particular e empregos em todas as categorias, ao invés de apenas em atividades humildes." E King falava sério quando disse isto. Atuando por meio de sua Operação Celeiro, King ameaçou boicotar as empresas que não contratassem negros em proporção a sua população.
King foi até um dos primeiros a propor reparações. Em seu livro de 1964, Why We Can't Wait. Por que não podemos esperar, ele diz:
Nenhuma quantidade de ouro poderia servir como compensação adequada à exploração e humilhação do negro na América ao longo dos séculos... Entretanto, pode-se fixar um preço por salários não-pagos. O antigo direito comum sempre ofereceu um remediamento pela apropriação do trabalho de um ser humano por outro. Dever-se-ia fazer este direito se aplicar aos negros americanos. O pagamento deveria ser feito na forma de programas maciços do governo, envolvendo medidas especiais e compensatórias, que seriam consideradas como um acordo em concordância com a prática aceita do direito comum.

Prevendo que os críticos observariam que muitos brancos eram igualmente desamparados, King afirmou que seu programa, que ele chamou de "A Carta de Direitos dos Desamparados", também ajudaria os brancos pobres. Isto porque, quando os negros pobres recebessem reparações, os brancos pobres perceberiam que seus verdadeiros inimigos eram os brancos ricos.

Mito # 2: King foi um patriota americano, que tentou fazer os americanos corresponderem às expectativas de seus ideais fundadores.

Na National Review, Roger Clegg escreveu que "Talvez tenha havido um breve momento no qual houve algo como um consenso nacional -- uma visão eloquentemente articulada no discurso "Eu tenho um sonho", de Martin Luther King, com profundas raízes no Credo Americano, quintessenciado em nosso lema nacional E pluribus unum. A maioria dos americanos ainda o compartilha; mas nem todos, absolutamente." Muitos outros conservadores adotaram esta idéia de um Credo Americano que foi fortalecido por Jefferson e Lincoln e depois consumado por King, libertários como Clint Bolick e neoconservadores como Bill Bennet.
Apesar de suas constantes invocações à Declaração de Independência, King não tinham lá muito orgulho da fundação da América. Ele acreditava que "nossa nação nasceu pelo genocídio" e afirmou que a Declaração de Independência e a Constituição não significavam nada para os negros, porque elas foram escritas por proprietários de escravos.

Mito # 3: King era um ativista cristão, cuja luta por direitos civis é semelhante às batalhas lutadas pela direita cristã hoje.

Ralph Reed afirma que "o gênio indispensável de King" trouxe "a visão e a liderança que renovaram e tornaram cristalinas as conexões vitais entre religião e política." Ele admitiu com orgulho que a Coalizão Cristã "adotou muitos elementos do estilo e táticas de King." O grupo pró-vida Operação Resgate muitas vezes comparou sua luta contra o aborto com a luta de King contra a segregação. Em um discurso intitulado "As virtudes conservadoras do Dr. Martin Luther King", Bill Bennet descreveu King como "antes de tudo, não um ativista social, mas sim um ministro da Fé Cristã, cuja fé informou e dirigiu suas crenças."
Tanto as posições públicas quanto o comportamento pessoal de King tornam discutível a comparação entre ele e a direita religiosa.

A vigilância do FBI mostrou que King teve dezenas de casos extraconjugais. Embora muitos dos documentos pertinentes estejam lacrados, muitos agentes que o vigiaram observaram-no em muitos atos questionáveis, incluindo o agenciamento de prostitutas com dinheiro da Conferência da Liderança Cristã do Sul. Ralph Abernathy, que King chamou de "o melhor amigo que eu tenho no mundo," corroborou muitas destas acusações em sua autobiografia And the Walls Came Tumbling Down [E ruíram-se as milhas . É verdade que a vida privada de um homem é sobretudo um assunto seu. Entretanto, a maioria dos conservadores condenou com veemência Jesse Jackson quando surgiu a notícia de seu filho ilegítimo e afirmaram que ele não estava qualificado para ser pastor.

King também assumiu posições com as quais a maioria na direita cristã discordaria. Quando indagado sobre a decisão da Suprema Corte de proibir a oração nas escolas, King respondeu:
Eu endosso. Acho que foi correto. Ao contrário do que muito possam ter dito, ela não procurou ilegalizar nem a oração nem a crença em Deus. Em uma sociedade pluralista como a nossa, quem é que pode determinar que oração será dita e por quem? Legalmente, constitucionalmente e como quer que seja, o estado certamente não tem este direito.

Embora King tenha morrido antes da decisão do caso Roe vs. Wade e, até onde sei, não tenha feito comentários sobre o aborto, ele foi um apoiador fervoroso da Planned Parenthood. Ele até ganhou seu prêmio Margaret Sanger, em 1966, e fez sua esposa dar um discurso intitulado Planejamento familiar - Uma preocupação particular e urgente, por ele escrito. No discurso, ele não comparou o movimento por direitos civis à luta dos cristãos conservadores, mas disse, sim, que "há uma impressionante semelhança entre nosso movimento e os primeiros esforços de Margaret Sanger*"

Mito # 4: King era um anti-comunista?

Em um outro artigo sobre Martin Luther King, Roger Clegg, da National Review, cumprimenta King por denunciar a "opressão do comunismo!" Para ganhar o apoio de muitos brancos esquerdistas nos primeiros anos, King de fato fez algumas leves denúncias do comunismo. Ele também afirmou, em uma entrevista de 1965 à Playboy, que "há tantos comunistas neste movimento quanto há esquimós na Flórida." Esta foi uma mentira deslavada. Embora King nunca tenha sido um comunista e tenha sempre sido um crítico da União Soviética, ele havia se cercado conscientemente de comunistas. Seu conselheiro mais próximo, Stanley Levison, era um comunista, assim como seu assistente Jack O'Dell. Robert e depois John F. Kennedy repetidas vezes o admoestaram a que parasse de se associar com subversivos como estes, mas ele nunca fez isto. Ele frequentemente falava para grupos de fachada comunistas, como a Guilda dos Advogados Nacionais e os Advogados pela Ação Democrática. King até participou de seminários na Escola Highlander Folk, que ensinava táticas comunistas, usadas por ele posteriormente.
A oposição de King ao comunismo bem pode ter contribuído para sua oposição à Guerra do Vietnã, que ele caracterizou como uma guerra racista, imperialista e injusta. King afirmou que os Estados Unidos "tinham cometido mais crimes de guerra do que qualquer nação no mundo." Embora reconhecesse que a Frente de Libertação Nacional* "pudesse não ser um paradigma de virtude", ele nunca os criticou. Entretanto, ele era bastante duro com Diem* e o Sul. Ele negava que a FLN fosse comunista e acreditava que Ho Chi Minh* deveria ser o governante legítimo do Vietnã. Como um globalista engajado, ele acreditava que "nossas lealdades devem transcender nossa raça, nossa tribo, nossa classe, nossa nação. Isto significa que devemos desenvolver uma perspectiva global."
Muitos admiradores conservadores de King não têm nenhum problema em chamarem qualquer um que questione a política externa americana de um "agente da quinta coluna." Embora eu pessoalmente concorde com King em algumas de suas posições sobre o Vietnã, é hipocrisia dos que ainda estão tentando processar Jane Fonda por sedição aplaudirem ele.

Mito # 5: King apoiava o livre-mercado.
Eu sei: não se costuma ouvir muito isto, mas acontece. Por exemplo, o padre Robert A. Sirico submeteu um artigo ao Acton Institute intitulado Direitos civis e cooperação social. Lá, ele escreveu:
Uma economia mais livre nos levaria para mais perto dos ideais dos pioneiros do movimento por direitos civis deste país. Martin Luther King, Jr. reconheceu isto, quando escreveu: "Com o incremento das atividades econômicas, o modo de vida dos brancos vai desaparecer," e ele previu que tal crescimento "aumentaria o poder de compra do negro [, o qual, por sua vez] resultaria em uma melhoria do serviço de saúde, maiores oportunidades educacionais e melhor moradia. Todos estes acontecimentos resultarão em um enfraquecimento ainda maior da segregação."
King, é claro, era um grande oponente da economia livre. Em um discurso para seu pessoal, em 1966, ele disse:

Não se pode falar em resolver o problema econômico do negro sem se falar em bilhões de dólares. Não se pode falar de acabar com as favelas sem primeiro dizer que se deve lucrar com as favelas. Aí se está mexendo com algo realmente delicado e pisando em um terreno perigoso, porque aí se está criando problemas com a comunidade. Está se criando problemas com os chefes da economia... Agora, isto significa que estamos em águas difíceis, porque isto significa mesmo que estamos dizendo que algo está errado... com o capitalismo... Deve haver uma melhor distribuição da riqueza e talvez os Estados Unidos devam ir na direção de um socialismo democrático.
King pregava a "total reconstrução do sistema", de um modo que não fosse nem capitalista nem "a antítese do comunismo." Para maiores informações sobre as opiniões econômicas de King, veja A Economia de Martin Luther King Jr., no LewRockwell.

Mito # 6: King era um conservador.

Como todos os mitos anteriores mostram, as opiniões de King dificilmente seriam conservadoras. Como se não bastasse, vale a pena observar que o que King disse sobre os dois mais proemintes políticos conservadores americanos do pós-guerra, Ronald Reagan* e Barry Goldwater*.
King acusou Barry Goldwater de "hitlerismo." Ele acreditava que Goldwater advogava um "nacionalismo estreito, um isolacionismo paralisante e uma atitude de confrontação." Nas questões domésticas, ele sentia que o "Sr. Goldwater representava um conservadorismo irrealista que estava totalmente fora de contato com as realidades do século XX." King disse que as posições de Goldwater sobre os direitos civis eram "moralmente indefensáveis e socialmente suicidas."
Sobre Reagan, King disse: "Quando um artista de Hollywood, que não tem atrativos sequer como ator, consegue se tornar um destacado candidato do tipo falcão de guerra para a presidência, só as irracionalidades induzidas pela psicose de guerra podem explicar um tal curso dos eventos."
Apesar das duras críticas de King a estes homens, ambos apoiaram o feriado de King. Goldwater inclusive lutou para manter os arquivos do FBI, que continham informações sobre sua vida sexual adúltera e suas ligações comunistas, lacrados.

Mito # 7: King não foi um plagiário.

Eu sei: nem mesmo o grosso dos neocons não vai negar isto, mas ainda assim eu acho que vale a pena levantar a questão, porque eles todos a ignoram. King começou a plagiar quando ainda estava na graduação. Quando a Universidade de Boston fundou uma comissão para investigar o assunto, eles descobriram que 45 por cento da primeira parte e 21 por cento da segunda parte de sua tese era roubada, mas insistiram que "não se deveria nem pensar em impugnar o título de doutorado do Dr. King." Além de sua tese, muitos de seus maiores discursos foram plagiados, como foram muitos de seus livros e escritos. Para mais informações sobre o plagiarismo de King, A Página do Plagiarismo de Martin Luther King e Plagiarismo e a Guerra Cultural, de Theodore Pappas, são excelentes recursos.
Quando confrontados com estes fatos, a maioria dos fãs conservadores e libertários de King ou diz que eles não fazem parte de sua principal filosofia ou, normalmente, eles simplesmente os ignoram. Pouco antes de o feriado de King ter sido oficialmente criado, o governador Meldrim Thompson, de New Hampshire, escreveu uma carta a Ronald Reagan, expressando preocupações em relação à moralidade de King e suas ligações comunistas. Ronald Reagan respondeu: "Eu tenho as mesmas reservas que você, mas a percepção de muitíssimas pessoas está baseada em uma imagem, não na realidade. Na verdade, para elas, a percepção é a realidade."
Muitíssimos na direita estão idolatrando esta percepção. Ao invés de encararem a realidade a respeito das opiniões de King, eles criam um homem baseado em umas poucas linhas que falam sobre julgar os homens "pelo conteúdo de seu caráter, não pela cor de sua pele" - algo que não devemos fazer em seu caso, claro - ao mesmo tempo em que ignoram todo o mais que ele disse e fez. Se King é de fato uma figura admirável, eles prestam um desserviço a seu legado, ao usarem seu nome para promover uma agenda que ele claramente não teria apoiado.

Enfim...King, foi um homem que sonhava, é mais do que nunca inspiradora para nós hoje, quando a sociedade em que vivemos parece ter apenas objetivos curtos e "líquidos", sem coragem de se aventurar e arriscar em sonhos ousados e "perigosos". Não tenhamos medo de sonhar demais, e fazê-lo buscando sempre a paz e a justiça, eis a lição que o líder negro continua nos dando.
Um afro abraço.
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
UNEGRO 25 ANOS DE LUTA.


fonte:Marcus Epstein /
 Myths of Martin Luther King/enciclopédia livre


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Casal acusa concessionária BMW :'Aqui não é lugar para você. Saia', teria dito gerente a criança, que é negra.



Denuncia: Uma ida à concessionária da BMW Autokraft, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na tarde de sábado (12), deixou o casal Ronald Munk e Priscilla Celeste indignado. Pais de cinco filhos, foram à loja acompanhados do caçula, de 7 anos, que é negro e adotado, em busca de um automóvel novo para família. Enquanto conversavam com o gerente de vendas sobre os carros, dizem ter sido surpreendidos com uma atitude preconceituosa do funcionário quando a criança se aproximou dos três. O BMW Group enviou uma nota ao G1 em que pede desculpas ao casal.

O casal contou como foi a conversa do gerente. "Ele disse: 'Você não pode ficar aqui dentro. Aqui não é lugar para você. Saia da loja. Eles pedem dinheiro e incomodam os clientes'", contou a professora Priscilla, lembrando que o gerente não havia se dado conta de que o menino era filho do casal.

“Imediatamente peguei meu filho pela mão e saí da loja. Somos clientes da concessionária há anos. Inclusive temos um vendedor que sempre nos atende. Esperamos dias por uma retratação, não tomamos nenhuma atitude imediata e não acionamos a polícia para preservar nosso filho”, acrescentou.Ronald, que é consultor, conta que não é a primeira vez que acontece esse tipo de situação com seu filho, e que indagou o gerente sobre a sua atitude.

“Cheguei a perguntar o motivo daquela reação. Quando eu afirmei que aquela criança negra era o nosso filho, ele ficou completamente sem ação, gaguejou e pediu desculpas. Sem entender nada, nosso filho chegou a questionar por que não aceitavam crianças naquela loja já que havia uma televisão passando desenhos animados”, diz o consultor.
Na nota  da assessoria de imprensa, encaminhada nesta quarta-feira (23)  aG1, o BMW Group informou que tomou conhecimento do fato em e-mail enviado por Ronald e Priscilla, em janeiro deste ano. Veja a íntegra da nota abaixo:
Nota da empresa
"O BMW Group gostaria de esclarecer que tomou conhecimento dos fatos relatados na matéria abaixo, através do e-mail enviado em 16/01/2013 pelos Senhores Ronald e Priscilla Munk e prontamente solicitou esclarecimentos à concessionária Autokraft através de uma notificação entregue na mesma data.
O BMW Group informa ainda que nenhum funcionário seu esteve presente na data do acontecimento narrado, não podendo dessa forma atestar a veracidade dos fatos relatados por parte dos clientes, tão pouco da concessionária.     Confirmamos que o BMW Group, apesar de não ter conhecimento dos fatos, em respeito aos seus clientes, enviou mensagem aos mesmos, desculpando-se pelo ocorrido e explicando a sua relação jurídica e comercial com a concessionária, a qual é regida pela lei nº 6729/79, que proíbe o BMW Group de adotar qualquer postura que influencie a gestão administrativa da concessionária e desautoriza a empresa a intervir ou influenciar nas atividades diárias de seus concessionários."
Retratação da BMW
Ronald e Priscilla aguardaram quatro dias por uma retratação da concessionária. Segundo eles, a pretensão não era acionar a Justiça, e sim não deixar que esse fato acontecesse novamente e com outras pessoas. Decidiram, então, enviar um e-mail para a BMW Brasil relatando o ocorrido.

A reposta veio rapidamente através do gerente regional de vendas. No e-mail, a empresa diz lamentar o fato ocorrido, pede desculpas pela situação e enfatiza que o compromisso da BMW é prestar um atendimento com excelência.
O casal agradeceu a resposta, sobretudo por reconhecer que o fato realmente ocorreu nas dependências da loja, mas não achou que somente isso era suficiente. Os pais exigiram então uma reposta sobre quais medidas seriam tomadas em relação ao funcionário e como a empresa agiria para que esse fato não acontecesse nunca mais.
Sete dias após o incidente dentro da loja, um novo e-mail com o assunto “desculpas” foi enviado ao casal, desta vez por um representante da Autokraft. Nele, a empresa se diz ciente do ocorrido e afirma que o gerente da loja “entendeu que o casal não estava acompanhado por qualquer pessoa, incluindo a criança. E já que ela estava absolutamente desacompanhada na loja, o funcionário teria alertado o garoto que ele não poderia ali permanecer e que tudo não passou de um mal-entendido”. O correio é finalizado com a seguinte mensagem: “Tenho imenso prazer em tê-lo sempre como cliente amigo”.
'Mal-entendido'
O termo "mal-entendido" provocou especial indignação em Priscilla e Ronald, que criaram, no último domingo (20), a página no Facebook “Preconceito racial não é mal-entendido”. A intenção, segundo eles, é reunir histórias de preconceito e alertar as pessoas para que não aceitem desculpas e explicações descabidas. A página teve 1,2 mil acessos, segundo ela, em três dias. Até o fim da noite de quarta, 230 pessoas haviam "curtido".

“Compartilhamos a página só com amigos. Agora já tem um monte de gente contando histórias muito parecidas com a nossa. Preconceito racial é crime. As pessoas têm que tomar conhecimento disso e não se calarem”, concluiu Priscilla.
Um afro abraço.
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
UNEGRO 25 ANOS DE LUTA...
.fonte:G1

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Meu apelido não era Pixinguinha, era Pinzindim. Pin-zin-dim. Minha avó, que era africana e morreu com 95 anos de idade, é que me chamava assim...


Alfredo da Rocha Vianna Filho, nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de abril de 1897. O apelido de Pixinguinha veio da junção de dois outros apelidos: Pizindim (pequeno bom) e pixinguinha (por ter tido a doença) .

Era o décimo-quarto filho de uma família musical. Seu pai era músico e vários de seus irmãos também. Ainda novo começou a acompanhar seu pai, flautista, em bailes e festas, tocando cavaquinho. Aos 12 anos fez a sua primeira obra, o choro “ Lata de Leite” que foi inspirado nos chorões, músicos boêmios que depois de noitadas regadas a bebidas e música, tinham o hábito de tomar o leite alheio que ficava nas portas das casas... Aos treze, passou a estudar o bombadino e a flauta. Aos 17 grava as suas primeiras composições: “ Rosa” e “ Sofre Porque Quer”. Em 1922, vai para o exterior com o grupo “ Os Oito Batutas” e estende para seis mesues sua turnê, marcada para durar somente um mês. Conhece a fama internacional.

Até este ponto, pode-se pensar que é um caminho natural de um músico aplicado. Mas Pixinguinha não foi somente um músico capaz. É reconhecido até hoje como um exímio flautista, talvez o maior que o país já teve, foi maestro, arranjador e intérprete. O primeiro maestro-arranjador a ser contratado em uma época que a maioria dos músicos era amadora. Misturou a sua formação erudita basicamente européia com os ritmos negros brasileiros e a música negra norte-americana. Deu uma guinada no som do Brasil!! Trouxe um tempero, um sotaque nacional, marcou com classe e com estilo a nossa música.

Sua história se mistura com a própria história do rádio e da música nacional. É o grande mestre entre todos os outros grandes mestres que o Brasil já teve. Não é possível pensar em música nacional sem se curvar diante deste músico maravilhoso que morreu em 1973. O consolo que resta é saber que existem várias composições ainda inéditas, ainda pedindo para serem mostradas. Que seja feita esta vontade...que se mostre Pixinguinha...porque Pixinguinha é atemporal.....


O compositor e instrumentista Pixinguinha foi um dos maiores flautistas de todos os tempos e responsável pela popularização de instrumentos musicais afros no Brasil; ele misturou a sucessão de sons eruditos de origem europeia com os ritmos negros brasileiros e norte-americanos, ou seja, fez uma mudança radical no som do Brasil. Outro destaque é Antônio Carlos Gomes, que criou a grande ópera O Guarani, baseada no romance homônimo de José de Alencar. Chiquinha Gonzaga tinha origem mestiça. Tia Ciata, cozinheira, mãe de santo e cantora, também era a  dona da casa onde alguns sambistas se reuniam e onde os músicos cariocas do começo do século 20 se encontravam com muita frequência. Os encontros e festas na casa da tia Ciata acabaram se tornando tradição para os sambistas. Ainda hoje, ela é venerada por muitas pessoas.
Destacam-se também o cantor e compositor Milton Nascimento, Gilberto Gil, Djavan, Seu Jorge, Sandra de Sá, Leci Brandão, Elza Soares, Negra Li, Alcione, Margaret Menezes e Paula Lima. Há também algumas outras cantoras que migraram para estilos musicais como o jazz, fugindo um pouco do samba, estilo musical antes reservado, na maioria das vezes, aos afrodescendente. São elas: Adyel Silva, Alaíde Costa, Arícia Mess, Áurea Martins, Eliana Pittman, Ivete Souza, Izzy Gordon, Leila Maria, Misty, Rosa Marya Colin, Virgínia Rosa e Zezé Motta. Muitas delas fizeram sucesso primeiramente no exterior, e só depois tiveram o reconhecimento no Brasil.


Pixinguinha é a nossa grande contribuição ao eterno, o maior brasileiro de todos os tempos, e um dos artistas mais refinados da história da humanidade. Se você não ouve regularmente pelo menos 50 composições de Pixinguinha, me desculpe, você está desperdiçando sua existência neste planeta com coisas triviais, irrelevantes, desimportantes. Pixinguinha sintetiza todas as tradições musicais imagináveis, europeias e americanas, brasileiras e africanas, numa obra singular que diz mais sobre o que foi o século XX no Brasil do que a coleção completa de todos os jornais e revistas publicados no período. Associado à maestria no choro, gênero com cuja história ele chega a se confundir, Pixinguinha, além de incontáveis choros, compôs de tudo: marcha, polca, tango brasileiro, maxixe, frevo, xote, valsa, coco, embolada, mazurca, rumba, lundu, quadrilha e sambas de todos os tipos. Era igualmente genial como compositor, arranjador, flautista, saxofonista e até cantor.

Um afro abraço.
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
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fonte:www.mpbnet.com.br/musicos/revistaforum.com.br/

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O negro e o esporte: A genética é o que menos importa.?

Tentarplicar o que a genética tem a ver com a supremacia dos africanos e seus descendentes nos esportes...


A tese de que raça faz a diferença nos esportes não é nova...e precisamos ter muito cuidado com esta argumentação... (Adolf Hitler organizou uma olimpíada em Berlim em 1936 com o objetivo de consagrar a superioridade física ariana, e saiu humilhado do estádio), mas está novamente em cena, reaquecida por uma mistura de estatísticas esportivas e ciência, num livro recém-lançado e que está causando polêmica nos Estados Unidos: Taboo – Why black athletes dominate sports and why we're afraid to talk about it (Tabu – Por que os atletas negros dominam o esporte e por que nós temos medo de falar disso). O autor, o jornalista Jon Entine, reconhece que as influências geográficas e culturais são grandes e as diferenças genéticas, mínimas. Mas sustenta que, no esporte de alta competição que se tem hoje em dia, são esses pequenos detalhes que diferenciam um campeão de um mero participante. "Pesquisas demonstram que os atletas de elite negros têm uma estrutura óssea e muscular diferente, um sistema metabólico e outras características forjadas em dezenas de milhares de anos de evolução", escreve Entine.  

  Se ninguém fala nisso claramente (daí o tabu do título), provoca Entine, é porque os americanos temem legitimar a existência de raças humanas e fornecer munição aos racistas. O risco é realmente grande. Uma vez que se isole uma característica genética numa população racial, mesmo que vantajosa, abre-se caminho para que se encontrem outros atributos raciais,   alguns bem ruins. No século XIX, quando se cunharam as bases do racismo moderno, partiu-se do pressuposto de que os brancos não apenas eram mais inteligentes, mas também melhor fisicamente. Hoje é impossível manter a mentira da fragilidade física da população africana, mas não falta quem diga que isso ocorre para compensar uma natural escassez de inteligência. De modo geral, a ciência moderna considera a noção de raça puramente subjetiva, uma idéia social sem maior sentido biológico. As diferenças genéticas entre indivíduos de uma mesma população podem ser maiores do que as existentes entre populações distintas.

 Significa que os branquíssimos finlandeses podem ser geneticamente mais parecidos com os moçambicanos do que um finlandês com outro finlandês    Nenhum estudo da biologia molecular descobriu a chave do sucesso esportivo dos africanos. O que se tem é puro palpite, a maioria infeliz. A supremacia esportiva dos negros se tornou notória a partir dos anos 60, depois que os países africanos conquistaram a independência política e aumentaram sua participação em competições internacionais. A partir desse momento, começou também a investigação e a procura de explicações para o fato. Uma tese atrevida refere-se à depuração natural feita com a importação de africanos como escravos para a América. Os traficantes evidentemente escolhiam o melhor exemplar da raça. Só os mais fortes resistiam à viagem e, para completar, os patrões promoviam a reprodução entre os melhores. O resultado teria sido a seleção de um time de super-atletas. Não é uma boa explicação, pois os excelentes atletas africanos da atualidade seriam os descendentes da "escória" rejeitada.

Teorias raciais sempre devem ser encaradas com desconfiança, pois em geral são produzidas sob encomenda para demonstrar preconceitos. Por mais intrigantes que sejam, a influência do meio ambiente ainda é a explicação mais razoável para a supremacia de determinada população num esporte específico. Num artigo crítico, o jornalista Jim Holt, do prestigiado The New York Times, observou que se Taboo tivesse sido escrito nos anos 30 teria de começar com a afirmação de que o basquete é um esporte de judeus. Acreditava-se então que os judeus tinham por natureza a ginga, a velocidade e a visão ideais para o esporte. A razão não estava na genética, evidentemente. O basquete sempre foi o esporte dos bairros pobres americanos. Nos anos 40, os judeus começaram a deixar as favelas e foram substituídos pelos negros recém-chegados do campo – e o perfil étnico do basquete mudou junto.   

  Até 1960, os brancos eram maioria nas filas dos times de basquete da liga americana na mesma proporção dos negros hoje em dia: 80% contra 20%. No início do século XX os finlandeses dominaram as corridas de média e longa distância com a mesma eficiência revelada pelos africanos hoje. A seleção brasileira que está disputando as eliminatórias da Copa do Mundo é composta majoritariamente por jogadores com doses variadas de ascendência negra. Quando ganhou a primeira Copa, apenas metade estava na mesma condição. Aliás, no Brasil, esse tipo de raciocínio não leva a nenhuma conclusão – como saber qual herança genética, se a africana, a branca ou a índia, era responsável pelos dribles maravilhosos de Mané Garrincha?Do ponto de vista estatístico não existe dificuldade em identificar habilidades e talentos variados de uma determinada população em determinada atividade. Os russos são os melhores jogadores de xadrez, assim como os orientais revelaram-se excelentes instrumentistas de corda nas grandes orquestras do mundo ou os cubanos são os melhores em cima de um ringue de boxe. A dificuldade de transpor isso para a genética é que se trata de situação volátil. Da mesma forma que existem esportes dominados pelos negros, em outros os brancos são imbatíveis. O tênis, o golfe e a natação são exemplos disso. Ninguém ousa explicar geneticamente a supremacia do branco Mark Spitz, o mais notável nadador olímpico de todos os tempos. Além do biotipo adequado para a prática do esporte, ele contava com um pai-treinador que o orientava com mão de ferro e repetia todo dia a seus ouvidos: "O importante não é nadar, é vencer".

Já se tentou explicar a ausência quase total de campeões negros nas piscinas com base nas diferenças fisiológicas. De acordo com essas teorias, os negros teriam maior densidade óssea, o que dificultaria sua flutuação na água. Os aspectos socioeconômicos pesam muito mais que a massa de ossos e músculos. O acesso às piscinas é mais difícil para os pobres. Isso explica, em parte, por que esportes como o basquete dos negros americanos, ou o vôlei dos negros cubanos, sejam predominantemente branco no Brasil. 
Aqui, os negros se sobressaem de maneira significativa nos esportes de acesso mais democrático, como o futebol e o atletismo, que não requerem equipamento especial ou filiação a clubes. Deve-se considerar também a oportunidade de ascensão social rápida e segura oferecida pelo futebol. O inglês Linford Christie, negro e campeão dos 100 metros nas Olimpíadas de Barcelona, passou por tudo isso. Ele acha bobagem a idéia de que os negros contam com a vantagem de uma carga genética favorável.
 O que carregam é uma carga de preconceitos, de barreiras sociais e econômicas mais pesadas, que os impede de prosperar em outras atividades profissionais.

 "A grande chance de ascensão social do negro é o esporte, e nós corremos todos para ele", diz Christie. A genética é o que menos importa".  

Um afro abraço.

REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
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fonte:abril.com.br/inciclopedia livre.

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