UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

sábado, 7 de janeiro de 2012

ANO RACISMO VELHO: ALGUNS EM CASO 2012

Professor de Londrina vai processar policial por racismo.

O professor de História do Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA), Valdecido Pereira da Silva, vai processar o policial civil Paulo Valério Kwiatkowski pelo crime de racismo, ocorrido no último dia 28 de dezembro em um supermercado na Rua Brasil, na região central de Londrina. A audiência já foi marcada para o dia 10 de fevereiro.

Segundo o relato do professor, ele estava na fila do caixa eletrônico dentro do estabelecimento, quando foi acusado pelo policial à paisana de tentar visualizar a senha da conta bancária. Em seguida, Kwiatkowski pronunciou palavras ofensivas e xingamentos racistas como "negro vagabundo". O desentendimento terminou com trocas de agressões físicas entre os envolvidos.

Ainda conforme Silva, quando ele utilizava o caixa eletrônico, o policial retornou ao local e com uma arma ameaçou a vítima de racismo e mandou o professor se deitar no chão. Kwiatkowski levou Silva em uma viatura até o 1º Distrito Policial, onde o policial registrou Termo Circunstanciado de Infração Penal, acusando o professor de agressão física.

A gestora de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Maria de Fátima Beraldo, afirmou que só tomou conhecimento do caso em Londrina no começo da semana. Nesta sexta-feira (06/01/12), a gestora se reuniu com o Centro de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para definir as medidas cabíveis para o caso de racismo.
Para funcionário da Secretaria de Justiça paulista, racismo não é fruto de ódio, mas de diferença

São Paulo – O coordenador de Políticas para População Negra e Indígena da Secretaria da Justiça paulista, Antonio Carlos Arruda, considera que a discriminação no Brasil não é fruto de um traço cultural, mas de uma questão ideológica. "A pessoa não discrimina porque odeia e sim porque considera o diferente um cidadão inferior, pertencente a uma subcategoria", disse.

A afirmação, registrada na página da Secretaria de Justiça na internet, foi feita na última quarta-feira (04/01/12), quando Arruda anunciou a abertura de processo sobre discriminação racial no caso do restaurante Nonno Paolo, na zona sul de São Paulo. A ação vai apurar a denúncia de que uma criança negra de 6 anos foi retirada do estabelecimento por um garçom que julgou ela seria moradora de rua e pedinte. "Se apurada a discriminação, o estabelecimento poderá ser multado", disse o coordenador.

O episódio ocorreu no último dia 30 durante um almoço. A mãe conta que o menino sumiu enquanto o casal se servia no buffet do restaurante. Após perguntar aos clientes, ela soube que a criança havia sido levada por um garçom para o lado de fora, onde estava chorando.



Racismo no Futebol - Suarez pede desculpa por chamar Evra de negro.
Luis Suarez pediu desculpa depois do caso de insultos racistas a Patrice Evra no jogo entre o Liverpool e o Manchester United. A Federação Inglesa (FA) suspendeu o jogador uruguaio por oito jogos e aplicou-lhe ainda uma multa no valor de 48 mil euros depois das queixas de Evra, que afirmou ter sido chamado «negro» várias vezes durante o jogo.

Apesar de negar essas acusações, Suarez admitiu agora em comunicado que utilizou esse termo no jogo decorrido em Outubro: «Admiti à federação que disse a palavra em espanhol uma vez, e apenas uma vez, e disse aos seus membros que nunca mais iria utilizar essa palavra num campo de futebol em Inglaterra.»

Face a isto o avançado do Liverpool que se transferiu do Ajax por uma verba a rondar os 26 milhões de euros pediu agora desculpa. «Nunca, nunca usei essa palavra com sentido discriminatório, mas se ofendi alguém quero pedir desculpa por isso», revelou o jogador em comunicado, defendendo que não usou o termo de forma discriminatória.

O Liverpool continua a defender o seu jogador e tem dúvidas na forma com decorreu o processo afirmando mesmo que a FA seguiu este caso de forma «subjectiva». «Vamos apoiá-lo. Trata-se de gente que, ao não conseguir travá-lo no terreno de jogo, se esforça por arranjar outros meios para o parar», disse o treinador do Liverpool, Dalglish, reforçando os argumentos com uma revelação: «A mulher de Suarez chama-lhe negro e acho que ele não se ofende com isso...


VAMOS RELEMBRAR E NÃO DEIXAR ESQUECER: CASO DE RACISMO...

por Francisco Sampa

Passados 121 anos da abolição da escravatura e depois da assinatura de várias leis contra a discriminação, casos desta natureza ainda acontecem em várias partes do Brasil, envolvendo pessoas famosas e anônimas.

A nota a seguir foi publicada na coluna Zapping na edição de terça-feira, dia 28/04/2009, no jornal Folha de São Paulo:

“A atriz Christiane Torloni, de "Caminho das Índias", levou advertência da Globo depois que uma camareira negra, chamada Fátima, a acusou de ser tratada de forma discriminatória e procurou o departamento de recursos humanos para fazer reclamação formal. O desentendimento entre as duas foi presenciado por gente da produção da Globo e pela atriz Letícia Sabatella. Durante intervalo de gravação externa da novela, em um ônibus usado como camarim, a camareira perguntou se a atriz precisava de algo. Christiane olhou e perguntou: "O que você quer, está me seguindo? Sai, sai. Ô raça". A Globo não confirma que houve qualquer tipo de punição contra ela. A atriz nega a acusação. Em outra ocasião, Luana Piovani também teve problema na Globo. Foi acusada de agressão por uma produtora e afastada da gravação do "Faça sua História"



Carnaval vem ai precisamos ficar ligados:

Racismo no Carnaval de Salvador
O projeto de pesquisa ora iniciado objetiva estudar a incidência de manifestações do racismo no carnaval de Salvador, manifestação cultural que mobiliza uma significativa parcela da população da cidade, recebe investimentos públicos e privados de milhões de reais e tem, por isso mesmo, um importante impacto na economia, na sociedade e na vida cultural da capital baiana.

O objetivo principal é identificar situações e motivações condicionadas, social e politicamente, que propiciam o surgimento e a tolerância de circunstâncias potencializadoras de manifestações de racismo que se verificam no processo de concepção, gestão e realização da festa.

Com a obtenção das informações constantes deste questionário, a equipe de pesquisadores poderá atualizar os estudos concernentes ao racismo, desenvolver novos parâmetros para se pensar e analisar a incidência desse fenômeno e, disponibilizar informações sistematizadas que possam subsidiar - seja no âmbito municipal ou estadual - a elaboração de políticas públicas que busquem atender as demandas atinentes à solução dos problemas relacionados ao racismo.

O Relatório será divulgado em cerimônia pública e encaminhado para organizações vinculadas ao carnaval; as informações oriundas desta pesquisa serão disponibilizadas no site da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, possibilitando que estudiosos, gestores, turistas e aficionados pelo carnaval obtenham dados relevantes, consultados através de um sistema online.

Este questionário pode ser preenchido por pessoas que participaram do carnaval de Salvador, em qualquer circunstância, mesmo que na condição de telespectador, residentes ou não na capital baiana.
Estamos solicitando às pessoas que se dispuserem a participar dessa pesquisa, que, por gentileza, forneçam um e-mail para que possam receber uma senha de acesso ao questionário. Este expediente evita que uma pessoa responda, mais de uma vez, às questões, evitando duplicidade e distorções na caracterização do universo da pesquisa. Este recurso garante maior credibilidade à metodologia e maior fidedignidade à natureza dos dados obtidos para análise e interpretação. Garantimos que o e-mail informado será utilizado apenas e tão somente para os fins antes indicados.

A equipe de pesquisadores assegura, para todos os fins que se fizerem necessários, que as informações obtidas através desta pesquisa serão tratadas estatisticamente, garantindo, com isso, o pleno anonimato das pessoas que estão fornecendo as relevantes informações. Gostaríamos de agradecer a cada uma das pessoas que ora se dispõe a colaborar com este estudo, respondendo às questões constantes deste questionário.



Fonte: Rede Brasil Atual/ Bonde de Londrina/ Mais Futebol/Grupo de Pesquisa – Racismo no Carnaval de Salvador

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